Estádio do Grêmio é saqueado em meio a desastre climático no RS.

Local foi classificado como um ponto vulnerável pelas autoridades.

Estádio do Grêmio com o entorno alagado Foto: Reprodução/Print de vídeo X @VitorVilella3

A Arena do Grêmio foi alvo de saques na manhã deste domingo (5), em meio ao desastre climático que já matou pelos menos 75 pessoas no Rio Grande do Sul, como mostram imagens que circulam nas redes sociais. Em uma delas, é possível ver a loja Grêmio Mania, localizada na esplanada do estádio, que fica em Porto Alegre, sendo saqueada por um grupo de pessoas.

Ao Estadão, o clube tricolor confirmou o episódio e disse que “ainda não há como mensurar o prejuízo”. O estádio gremista foi classificado como um ponto vulnerável pelas autoridades, por isso foi evacuado no final da última sexta-feira (3), dia seguinte à declaração de calamidade pública feita pela Prefeitura de Porto Alegre em razão das fortes chuvas que provocaram enchentes por toda a capital gaúcha.

Apesar da situação de risco, durante a madrugada deste sábado (4), a Arena do Grêmio acolheu cerca de 80 moradores da comunidade local, incluindo crianças e uma grávida, mas está trabalhando para encaminhar essas pessoas para abrigos oficiais da Prefeitura de Porto Alegre. O deslocamento está sendo feito com o auxílio do Exército.

– A Arena está sem energia e água. Por essa razão os desabrigados estão sendo direcionados para locais seguros. Recomendamos que a população se desloque aos abrigos oficiais – comunicou a administração do estádio.

O Grêmio, assim como o rival Internacional e o Juventude, não foram a campo neste final de semana para disputar o Brasileirão, pois tiveram os jogos adiados em razão do desastre climático. Na noite de sábado, a Conmebol também anunciou o adiamento das partidas da dupla Gre-Nal, pela Libertadores e pela Sul-Americana, que ocorreriam no meio da semana.

Com o aeroporto Salgado Filho com operações paralisadas por tempo indeterminado e com vias de acesso ou de saída de Porto Alegre bloqueadas pelas enchentes, os clubes não teriam como viajar para as partidas. Os jogadores sequer estão treinando e viraram voluntários na luta para resgatar pessoas ilhadas e em áreas de risco.

*AE

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