Nunes avalia cassação de registro de Boulos e Lula inelegível.

Comitê de pré-campanha do atual prefeito de São Paulo analisa possibilidade de acionar o Judiciário após pedido de voto feito pelo petista.

Ricardo Nunes, prefeito de São Paulo
Ricardo Nunes, prefeito de São Paulo Foto: Rovena Rosa/Agência Brasil

O comitê de pré-campanha à reeleição do prefeito de São Paulo, Ricardo Nunes (MDB), avalia acionar a Justiça Eleitoral contra o pedido antecipado de votos feito pelo presidente Lula (PT) em favor do pré-candidato a prefeito da capital paulista Guilherme Boulos (PSOL) durante um evento do dia 1° de Maio. A informação foi divulgada pelo jornalista Caio Junqueira, da CNN Brasil.

Uma ação nos moldes da imaginada pela campanha de Nunes poderia resultar, em caso extremo, em uma eventual cassação do registro de Guilherme Boulos e na inelegibilidade de Lula por oito anos, de acordo com Junqueira. No entanto, um pedido desse tipo só poderá ser apresentado em agosto, quando o psolista registrar efetivamente sua candidatura.

Por essa razão, de acordo com a CNN, a estratégia do comitê de Nunes seria acionar o Ministério Público Eleitoral (MPE) nesta quinta-feira (2) para que o órgão levante informações sobre o evento. Uma das informações a serem apuradas é a lista de financiadores, para que seja verificado se há envolvimento de estatais e de empresas com contrato com o governo federal.

O entorno do prefeito Ricardo Nunes já levantou vasta jurisprudência contendo inúmeras situações de condenações — em diversas campanhas — por abuso de poder político e de poder econômico que resultaram em cassação de registro e declarações de inelegibilidade.

Quem também já se mobilizou em relação ao evento foi outro pré-candidato ao cargo de prefeito de São Paulo, o deputado federal Kim Kataguiri (União Brasil), que pediu que o Ministério Público “tome medidas para investigar e, se necessário, punir a campanha antecipada”.

Por: Paulo Moura

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