Felipe Neto é autuado por injúria por ataque a Arthur Lira.

Influenciador digital lulista se referiu ao presidente da Câmara como “excrementíssimo”.

Arthur Lira e Felipe Neto Fotos: Wilson Dias/Agência Brasil| YouTube Felipe Neto

A Polícia Legislativa da Câmara dos Deputados abriu um inquérito para apurar suposto crime de injúria cometido pelo influenciador lulista Felipe Neto contra o presidente da Casa, Arthur Lira (PP-AL), após o youtuber chamá-lo de “excrementíssimo” durante uma sessão realizada na última terça-feira (23). Apesar da expressão usada para se referir ao parlamentar, o influenciador alega não ter tido a intenção de ofender a honra do político.

O youtuber foi autuado – ato administrativo que formaliza a abertura da investigação – por injúria. O crime tem pena de um a seis meses de detenção ou multa, punição que é aumentada em um terço nos casos em que a vítima é servidor público ou presidente do Senado, da Câmara ou do Supremo Tribunal Federal (STF). O influenciador disse que ainda não foi notificado sobre a autuação.

As informações foram divulgadas pela assessoria do deputado Arthur Lira. Segundo o comunicado, a Procuradoria Parlamentar da Câmara vai processar Felipe Neto criminalmente na Justiça Federal.

O influenciador participava virtualmente do simpósio “Regulação de Plataformas Digitais e a urgência de uma agenda” defendendo que a regulação das redes deve ser feita após discussão popular. A reunião sobre o PL 2630/2020, mais conhecido como PL das Fake News, cobrava uma posição mais efetiva do governo do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) sobre o tema.

– É preciso, fundamentalmente, que a gente altere a percepção em relação ao que é um projeto de lei como era o 2.630. Que foi, infelizmente, triturado pelo “excrementíssimo” Arthur Lira. Se não tivermos o povo do nosso lado, os deputados não vão votar, a gente já sabe como funciona – afirmou o influenciador.

Lira usou seu perfil na rede social X, nesta sexta-feira (26), para qualificar a fala do youtuber como um comportamento para “ganhar likes” e disse que “isso não é liberdade de expressão, é ser mal-educado”.

*Com informações AE

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