G7 condena ataque e adverte Irã a não desestabilizar região

Países expressaram “total solidariedade e apoio a Israel e ao seu povo”.

Ministros do G7 Foto: EFE/EPA/MATTEO CORNER

Os países do G7 “condenaram energicamente” o ataque iraniano contra Israel e manifestaram “total apoio” ao Estado judeu, tendo advertido o Irã de que “tomará novas medidas” se este país prosseguir com as suas “iniciativas desestabilizadoras” no Oriente Médio, após uma reunião por videoconferência presidida pela primeira-ministra da Itália, Giorgia Meloni.

Em declaração conjunta, os líderes de Itália, Alemanha, Reino Unido, Estados Unidos, Japão e Canadá, além dos da União Europeia (UE), afirmaram que, “com as suas ações, o Irã deu mais um passo no sentido da desestabilização da região e arrisca-se a provocar uma escalada regional incontrolável, situação que deve ser evitada”.

O Oriente Médio vive um momento de tensão depois que o Irã lançou mais de 300 drones, foguetes e mísseis balísticos na noite passada, no primeiro ataque deste tipo a Israel a partir do solo iraniano.

– Nós, os líderes do G7, condenamos inequivocamente, nos termos mais fortes, o ataque direto e sem precedentes do Irã contra Israel. O Irã disparou centenas de drones e mísseis contra Israel. Israel, com a ajuda dos seus parceiros, derrotou o ataque – diz a nota.

Os líderes, que se reuniram durante menos de uma hora, também expressaram “total solidariedade e apoio a Israel e ao seu povo” e reafirmaram o seu “compromisso com a sua segurança”.

– Com as suas ações, o Irã deu mais um passo no sentido da desestabilização da região e se arrisca a provocar uma escalada regional incontrolável. Esta situação deve ser evitada. Continuaremos a trabalhar para estabilizar a situação e evitar uma nova escalada – afirmaram.

– Neste espírito, exigimos que o Irã e os seus agentes cessem os seus ataques e estamos prontos a tomar novas medidas agora e em resposta a novas iniciativas desestabilizadoras – acrescentaram.

FAIXA DE GAZA
Dessa forma, os líderes também se comprometeram reforçar a sua cooperação “para acabar com a crise na Faixa de Gaza, continuando a trabalhar por um cessar-fogo imediato e sustentável e pela libertação dos reféns do Hamas, e prestando uma maior assistência humanitária aos palestinos necessitados”.

A presidência italiana do G7 convocou a reunião depois de o presidente dos EUA, Joe Biden, ter afirmado nesta manhã que solicitaria uma reunião do grupo para coordenar uma resposta diplomática, depois de ter garantido o seu apoio a Israel, embora nas últimas horas tenha manifestado a sua oposição a participar em uma ofensiva, o que poderá levar o Estado judeu a evitar uma resposta por enquanto.

O primeiro-ministro israelense, Benjamin Netanyahu, avisou neste domingo (14) que Israel vai derrotar o Irã, na sua primeira mensagem pública após o ataque, enquanto o presidente iraniano, Ebrahim Raisi, afirmou que a Guarda Revolucionária de seu país deu uma lição a Israel com os ataques de mísseis e drones e avisou o Estado judaico para não responder.

De quarta-feira a sexta-feira, os ministros das Relações Exteriores do G7, o grupo das democracias mais ricas do mundo, vão se reunir na ilha italiana de Capri, com a situação no Oriente Médio como prioridade máxima.

*EFE

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