Arizona proíbe o aborto, e Globo chama atitude de “retrocesso”.

Suprema Corte do estado americano resgatou uma lei de 1864 que proibia o procedimento.

Lei que proíbe o aborto foi retomada no Arizona Foto: Freepik/Racool_studio

A Suprema Corte do estado americano do Arizona proibiu na última terça-feira (10) o aborto em quase todos os casos, ao resgatar uma lei de 1864 que proibia o procedimento, exceto nos casos em que a vida da gestante estiver em risco. A GloboNews, no entanto, ao noticiar o caso em suas redes sociais, escreveu em letras garrafais a palavra “retrocesso”.

Publicação da GloboNews no Instagram Foto: Reprodução/Instagram GloboNews

Na decisão, a mais alta Corte do Arizona decidiu contra o aborto, com penalidades de até cinco anos de prisão por descumprimento, depois que em 2022 o então governador republicano Doug Ducey assinou uma lei proibindo o procedimento após 15 semanas de gravidez. Em 1971, a ONG pró-aborto Planned Parenthood processou o estado e conseguiu derrubar a lei de 1864, mas agora a situação mudou novamente.

O Supremo estadual decidiu a favor do obstetra Eric Hazelrigg, que, junto com o promotor do condado de Yavapai, Dennis McGrane, interveio na defesa da lei de 1864. Hazelrigg administra uma rede de centros onde as mulheres grávidas são aconselhadas a não fazer abortos.

– Na ausência de um direito constitucional federal ao aborto, não há nenhuma disposição na lei federal ou estadual que proíba [a lei de 1864] de ser aplicada. Assim, (a lei de 1864) é agora aplicável”, decidiu o juiz John R. Lopez IV, da Suprema Corte do Arizona.

Assim, o Arizona se junta a mais de 20 estados que proibiram ou restringiram o acesso ao aborto desde que a Suprema Corte dos EUA derrubou em 2022 a sentença Roe vs. Wade, que permitia o aborto em nível federal. A proibição do Arizona entrará em vigor em duas semanas.

*Com informações EFE

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