Dino diz que “ataques” de Musk a Moraes são “indignos” e “inócuos”.

Ministro se pronunciou por meio do X.

Ministro do STF Flávio Dino Foto: Gustavo Moreno/SCO/STF

Em meio as publicações feitas pelo bilionário Elon Musk, dono do X, críticas ao ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), o ministro Flávio Dino disse, nesta quarta-feira (10), que “insistir em ataques pessoais” contra o colega da Corte máxima é um “procedimento indigno e inócuo”.

Dino compartilhou, em seu perfil no X, a nota divulgada pelo presidente do STF, Luís Roberto Barroso na esteira da ameaça do bilionário de descumprir decisões judiciais de bloqueio de perfis na plataforma.

– A nota oficial do nosso presidente Barroso é uma mensagem muito clara para eventuais interessados, interesseiros, nefelibatas ou oportunistas – escreveu Dino.

A manifestação de Dino sobre o embate Musk x Moraes se dá após o posicionamento de outros ministros da Corte máxima.

Sem citar diretamente o caso, a ministra Cármen Lúcia afirmou nesta terça (9):

– Todas as pessoas físicas ou jurídicas submetem-se ao Direito do país e cumprem as decisões judiciais. Ao juiz é conferida a tarefa de julgar e fazer com que se cumpram seus julgados.

Já o ministro Edson Fachin saiu em defesa da decisão de Moraes que, após as investidas de Musk, incluiu o bilionário do inquérito das milícias digitais, por “dolosa instrumentalização” do X, além de determinar a abertura de outro inquérito para investigar suposta obstrução da Justiça.

– Nenhum CEO, seja da empresa mais importante do mundo, pode dizer que não vai cumprir decisão judicial. O que ele tem o direito de dizer, da forma mais ácida que entender, é que não concorda e que vai recorrer – indicou Fachin.

A primeira manifestação após a decisão de Moraes, assinada na noite deste domingo (7), foi a do presidente Barroso. O ministro disse que como “toda e qualquer empresa” que opere no país está sujeita à Constituição Federal, às leis e às decisões da Justiça brasileira.

– Decisões judiciais podem ser objeto de recursos, mas jamais de descumprimento deliberado. Essa é uma regra mundial do Estado de Direito e que faremos prevalecer no Brasil – assinalou.

*AE

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