Maduro envia a Haia documentos sobre disputa de Essequibo.

Ditador da Venezuela alega que território foi roubado quando a fronteira foi traçada.

Nicolás Maduro, presidente da Venezuela Foto: Rayner Peña/EFE/EFEVISUAL

Uma delegação da Venezuela entregou nesta segunda-feira (8), dezenas de caixas ao Tribunal Penal Internacional (TPI), em Haia, com documentos sobre a disputa entre o país e a Guiana pelo território de Essequibo. Entre os papéis, estão títulos históricos que, segundo o governo do ditador Nicolás Maduro, respaldam a soberania da Venezuela sobre o território rico em petróleo.

Segundo Maduro, a região estava sob jurisdição venezuelana no momento da independência da Espanha. De acordo com a Venezuela, Essequibo foi roubado quando a fronteira com a Guiana foi traçada no final do século 19. Essequibo equivale a dois terços do território da Guiana.

Apesar da entrega dos documentos, Maduro disse que a Venezuela segue sem reconhecer o TPI como foro para a resolução da controvérsia.

Na semana passada, o ditador venezuelano sancionou uma lei que cria o Estado de Essequibo, o que aumentou as tensões na região.

Em resposta, o governo da Guiana afirmou que não vai permitir a anexação do território pela Venezuela.

Em comunicado, o governo de Mohamed Irfaan Ali informou que Maduro ignora os “princípios mais fundamentais do direito internacional” e contradiz o acordo bilateral de tratar o assunto sem “provocações” e “interferência de terceiros”.

*AE

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