A palestra da ativista de esquerda Marcia Tiburi, realizada no dia 8 de março deste ano, na sede da Petrobras, no Rio de Janeiro, custou aos cofres públicos exatos R$ 35.247. A informação foi divulgada pela revista Oeste em uma reportagem publicada nesta segunda-feira (8). De acordo com a empresa, os custos abarcaram itens como passagens, hospedagem e transporte.

Convidada pela petroleira, Tiburi palestrou na empresa no Dia Internacional da Mulher, mas a temática de sua fala foi carregada de cunho ideológico, passando por tópicos como gênero, binariedade, mulher/homem, heteronormatividade, estereótipo de gênero, identidade de gênero e “heterossexualidade compulsória” (ou seja, a sexualidade imposta socialmente, que independe da possível orientação sexual de cada pessoa).

Ainda de acordo com a Oeste, que teve acesso a uma filmagem do evento, Tiburi chegou a perguntar aos funcionários da empresa quem se identificava como homem ou mulher e disse que, por muitos anos, a sociedade se dividiu assim, mas que agora aquela dualidade estava “ultrapassada”.

– Vocês podem ficar superconfortáveis se, amanhã, já não estiverem mais tão bem situados nesse lugar aí onde hoje estão acreditando viver, no caso, homem e mulher – disse a ativista durante a palestra.

Além disso, segundo Tiburi, essa binariedade teria sido construída durante anos, mas significaria uma grande “confusão histórica”.

– Então, nos assumimos como homens e mulheres, que são horizontes construídos, naturalizados, e entramos num jogo de linguagem que nos faz sê-los, por meio da família, da Igreja e do Estado – completou.

Por Paulo Moura

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