CCJ da Câmara adia votação sobre prisão de Chiquinho Brazão.

Brazão acompanhou a sessão remotamente no presídio da Papuda.

CCJ da Câmara Foto: Lula Marques/ Agência Brasil

A Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) adiou a votação sobre a chancela da Câmara à prisão do deputado Chiquinho Brazão (sem partido-RJ), acusado de ser mandante do assassinato da vereadora Marielle Franco em 2018. Um pedido de vista de deputados do Novo, do Progressistas e do Republicanos fez com que a análise da decisão do ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Alexandre de Moraes, autor da ordem de prisão, fosse abortada. Brazão acompanhou a sessão remotamente no presídio da Papuda.

Na tarde desta terça (26), o relator do caso na CCJ, Darci de Matos (PSD-SC), apresentou parecer favorável a manter o parlamentar detido. A votação só ocorrerá esta semana se o presidente da Câmara, Arthur Lira (PP-AL), chamar o caso diretamente ao plenário, caso o colegiado não emita posição até o prazo de 72 horas a partir do recebimento da notificação do Supremo. Ele só poderá fazer isso na quinta-feira (28), quando o prazo se encerra. Caso Lira não o faça, a votação pode ficar para abril, por causa do recesso de feriado de Semana Santa.

Pediram vista na sessão os deputados Gilson Marques (Novo-SC), Roberto Duarte (Republicanos-AC) e Fausto Pinato (PP-SP). O adiamento provocou protestos de deputados de esquerda e houve discussão entre os integrantes da comissão.

– Fico pasmo a pressa, o afogadilho, de decidir algo importante – afirmou Gilson.

Parlamentares do PSOL, partido de Marielle, reclamaram.

– São seis anos esperando por justiça e vocês passando pano para miliciano – respondeu Sâmia Bomfim (SP).

*AE

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