Bombeiros trabalham na busca de vítimas de atentando no Crocus City HallDivulgação / Serviço de Emergência Russo / AFP
O governo russo comunicou que 130 pessoas morreram no
ataque ao Crocus City Hall em Krasnogorsk, subúrbio no noroeste de Moscou. Outras 187 foram feridas e receberam atendimento médico. Entre os hospitalizados estão pelo menos cinco crianças.
“O número de pessoas mortas no ataque terrorista na sala de concertos Crocus City Hall aumentou para 133. As operações de busca continuam”, disse o Comitê de Investigação russo em comunicado no Telegram. A quantidade anterior era de 115 mortos no ataque armado ocorrido na periferia da capital.
Na sexta-feira (22), um grupo de até cinco pessoas, armadas e usando uniformes táticos, invadiu o edifício e abriu fogo contra os presentes no local. Segundo testemunhas, também foi possível ouvir duas explosões antes do prédio pegar fogo. No momento, o Crocus City Hall recebia um show da banda de rock russa Piknik, cujos membros foram evacuados, quando o público percebeu a confusão.
Em um vídeo que circula nas redes sociais, é possível ver os espectadores sentados nas poltronas quando começam a ouvir tiros. Alguns tentam sair para ver o que está acontecendo, enquanto outros permanecem no mesmo lugar e chegam a filmar a ação. Logo depois, o barulho dos tiros aumenta de volume e as pessoas começam a correr para fora na tentativa de fugir. Os momentos são de pânico. No fim da tarde de sexta-feira, o
grupo terrorista Estado Islâmico revindicou a autoria do ataque. Já o governo da Ucrânia, país em guerra com a Rússia, afirmou que não tem qualquer envolvimento no atentado.
A tragédia, classificada como “um atentado terrorista sangrento” pelo Ministério das Relações Exteriores russo. O presidente Vladimir Putin recebeu neste sábado os relatórios do FSB, do Comitê de Investigação, da Guarda Nacional e dos ministérios do Interior, Saúde e Situações de Emergência sobre o ataque, segundo fontes do Kremlin citadas por agências de notícias russas.
Cerca de 11 pessoas já foram presas por envolvimento direto no massacre.
O presidente russo expressou o desejo de uma rápida recuperação para os feridos no ataque, acrescentaram os veículos de informação. De acordo com a agência de notícias russa Tass, os eventos em massa na região agentados para os dias 23 e 24 foram cancelados. As entidades federais de cultura também não realizarão espetáculos ou shows nos próximos dias.
Repercussão internacional:
A Casa Branca transmitiu suas condolências às vítimas do “terrível” tiroteio. França, Itália e Espanha também condenaram a agressão. O Brasil manifestou em um comunicado “sua solidariedade ao povo e ao governo da Rússia e reitera seu firme repúdio a todo e qualquer ato de terrorismo”, escreveu o Itamaraty.
“Da Venezuela, expressamos nosso apoio ao presidente Vladimir Putin e levantamos a voz para rejeitar categoricamente qualquer ato de violência”, publicou na rede X o presidente venezuelano, Nicolás Maduro.
A União Europeia disse estar “chocada e consternada” com a matança e indicou que “condena todos os ataques contra civis”, segundo o porta-voz europeu Peter Stano.
O secretário-geral da ONU, António Guterres, “condena nos termos mais enérgicos possíveis” o ataque e “transmite suas profundas condolências às famílias enlutadas, ao povo e ao governo da Federação Russa”, informou o porta-voz Farhan Haq.
RANOTICIAS.COM
*Com informações da AFP
O DIA