Tarcísio de Freitas adere à definição internacional de antissemitismo.

A assinatura aconteceu na frente de representantes da Conib.

Assinatura da Declaração de adesão do Estado de São Paulo à definição funcional de antissemitismo da Aliança Internacional para lembrança do Holocausto Foto: Francisco Cepeda / Governo do Estado de SP

Nesta sexta-feira (15), o governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas (Republicanos), oficializou a adesão do estado à definição de antissemitismo proposta pela Aliança Internacional para a Memória do Holocausto (IHRA, na sigla em inglês).

A IHRA, composta por 35 países, tem como objetivo principal combater a crescente negação do Holocausto e o antissemitismo em escala global, conforme destacado pela Conib (Confederação Israelita do Brasil), que teve representantes presentes durante a assinatura do acordo.

A definição adotada pela organização estipula que “o antissemitismo é uma determinada percepção dos judeus que se pode exprimir como ódio em relação aos judeus. Manifestações retóricas e físicas de antissemitismo são orientadas contra indivíduos judeus e não judeus e/ou contra os seus bens, contra as instituições comunitárias e as instalações religiosas judaicas.”

O presidente da Conib, Cláudio Lottenberg, enfatizou que essa adesão representa “uma grande contribuição na luta contra a banalização do Holocausto”. Ele ressaltou a sensibilidade e o comprometimento do governador com a comunidade judaica brasileira, destacando que a medida reforça conceitos de cidadania e responsabilidade.

A definição formal de antissemitismo adotada pela IHRA data de 2016 e tem sido amplamente aceita internacionalmente por governos e organizações pró-Israel. O Brasil tornou-se observador da organização em 2021.

Com essa adesão, o estado de São Paulo demonstra seu engajamento na promoção da conscientização e na luta contra o antissemitismo, alinhando-se aos esforços internacionais nesse sentido.

São Paulo assina a adesão durante um momento importante, pois o antissemitismo tem aumentado no Brasil desde outubro, quando Israel passou a atacar a Faixa de Gaza após ser vítima de um atentado terrorista que deixou mais de 1,2 mil mortos.

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Por: Leiliane Lopes

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