Gilmar Mendes diz haver no Rio uma “narcomilícia evangélica”.

Ministro expôs a religião de milhões de brasileiros sem apresentar qualquer prova.

Ministro Gilmar Mendes, decano da Corte Foto: Carlos Moura/SCO/STF.

O ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), Gilmar Mendes, concedeu entrevista à GloboNews nesta segunda-feira (11) e disse que durante uma reunião na Suprema Corte, presidida pelo ministro Luís Roberto Barroso, falou-se sobre a existência de uma “narcomilícia evangélica” que atua no Rio de Janeiro.

– Recentemente, o ministro Luís Roberto Barroso presidiu uma reunião extremamente técnica sobre essa questão, e um dos oradores falou de algo que é raro de se ouvir: uma narcomilícia evangélica, que aparentemente se dá no Rio de Janeiro, onde, portanto, haveria hoje já um acordo entre narcotraficantes, milicianos e pertencentes ou integrados a uma rede evangélica. É algo muito sofisticado – disse Gilmar.

Em seu comentário, o ministro expõe a fé de milhões de brasileiros sem apresentar qualquer comprovação das acusações levantadas.

 

Nesta última sexta-feira (8), outro ministro do STF mirou contra os cristãos no que parece uma ação coordenada para macular e enfraquecer e religião evangélica – que tanto cresce no Brasil e traz consigo a predominância conservadora, de direita.

Luís Roberto Barroso, presidente da Suprema Corte, teve a ousadia de propor o combate ao que chamou de “uso abusivo” da religião na política, durante palestra na Pontifícia Universidade Católica do Rio de Janeiro (PUC-Rio).

De acordo com Barroso, a fé deve ficar restrita à vida privada das pessoas em vez de se estender para um “uso abusivo” por parte de líderes políticos.

– Precisamos combater a captura da religião para servir a causas políticas temporais e não espirituais, a instrumentalização de líderes religiosos para captar votos e dizer “o meu adversário é o demônio, quem votar nele
não vai para o céu”. É uma forma bárbara, anticristã, de lidar com a religião – disse o ministro durante aula magna na PUC-Rio.

Em sua fala, o ministro citou a religião amplamente, mas em seguida fez referência apenas à fé cristã, revelando o alvo de seu objetivo retórico.

Por: Marcos Melo

PLENO.NEWS

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