Na última sexta-feira (8), grupo do MST invadiu mais uma propriedade rural, desta vez, em MG.
O grupo que se intitula Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra (MST) ocupou na madrugada desta sexta-feira (8) uma fazenda no município de Lagoa Santa (MG), na região metropolitana de Belo Horizonte. O movimento alega que a propriedade, de 250 hectares, é improdutiva e que está abandonada há 7 anos. O MST pede a desapropriação do imóvel rural para a reforma agrária.
Segundo o movimento, a ação envolveu 500 famílias e foi liderada pelas mulheres do movimento
“São mais de 5 mil famílias acampadas aqui no estado de Minas Gerais, entre elas, estão as famílias do acampamento Terra Prometida, em Felisburgo, onde aconteceu o massacre em 2004, das famílias da Fazenda Ariadnópolis, em Campo do Meio, e as famílias no Vale do Rio Doce, na área da Suzano. São vários acampamentos com mais de 10, 20 anos sem respostas do governo”, disse.
Em nota, o movimento ainda chamou atenção “para a lentidão do governo Lula na realização da reforma agrária”.
Polícia
O MST informou que “forte contingente policial” chegou à propriedade ocupada pelo movimento e acusa a Polícia Militar de ameaçar reprimir o acampamento sem ordem judicial.
“Têm mais de três ônibus do batalhão de choque, carros de polícia, não estão deixando a superintendente do Incra entrar, não estão deixando a gente falar com nossas advogadas. Estão falando de uma ordem de despejo, mas ninguém está reivindicando essa terra, que já está abandonada”, ressaltou Tuira Tule, da coordenação estadual do MST.
Em nota, o Incra informou que não há informações sobre a situação do imóvel rural ocupado. Segundo o órgão, para a área ser considerada produtiva ou improdutiva é necessária uma vistoria para verificar a função social da terra. O Incra disse ainda que a “área ocupada não tinha demanda anterior de destinação ao programa de reforma agrária”.
Sobre a atuação da Polícia Militar, o órgão afirmou que a polícia “estabeleceu um perímetro de segurança na área e o representante do instituto reuniu-se com um grupo do movimento em local indicado pelos policiais.”
Jornal do Agro Online