Vasco e Nova Iguaçu empatam em jogo emocionante no Maracanã.
Jogo tem chuva de bola na trave e milagres de Léo Jardim e Fabrício Santana.
Vasco e Nova Iguaçu se enfrentaram pela semifinal do CariocaÚrsula Nery/FERJ
Rio – O Vasco não jogou bem, levou sufoco, mas teve forças para empatar com o Nova Iguaçu em 1 a 1, neste domingo (10), diante de 60 mil torcedores no Maracanã, na primeira partida da semifinal do Campeonato Carioca. O time da Baixada saiu na frente do placar com Xandinho, mas o Cruzmaltino arrancou o empate com Lucas Piton.
O duelo entre Vasco e Nova Iguaçu ficou marcado por inúmeras chances perdidas dos dois lados. O Nova Iguaçu acertou a trave três vezes, enquanto o Cruzmaltino acertou outras duas com Payet. Os goleiros Léo Jardim e Fabrício Santana também protagonizaram grandes defesas para assegurar a igualdade no placar.
Vice-campeão da Taça Guanabara, o Nova Iguaçu tem a vantagem do empate para chegar à final do Carioca. Já o Vasco precisa vencer para enfrentar Flamengo ou Fluminense. O jogo de volta será no próximo domingo (17), às 16h, em local ainda a ser determinado.
O jogo
O Nova Iguaçu não se intimidou diante de 60 mil torcedores do Vasco no Maracanã. A Laranja Mecânica da Baixada demonstrou mais organização e dominou o primeiro tempo. O Cruzmaltino, por sua vez, dependia da individualidade de Payet, que pouco conseguiu fazer sozinho. Além do craque francês, apenas Clayton — estreante do dia — arriscou, mas parou no goleiro Fabrício Santana.
Apesar do Vasco criar uma ou outra oportunidade, o Nova Iguaçu não perdeu o controle do jogo em nenhum momento. O time trabalhava bem a bola e encontrava espaços nos dois lados, principalmente pela direita, onde chegou a carimbar a trave em duas ocasiões. Primeiro com Yan Silva, aos 30, e depois com Yago, aos 39. O goleiro Léo Jardim ainda fez boas intervenções em finalizações de Carlinhos.
A atuação do Vasco no primeiro tempo não agradou o técnico Ramón Díaz, que promoveu três mudanças no intervalo. Entretanto, o Cruzmaltino ainda parecia desorganizado. O Nova Iguaçu, por outro lado, sabia exatamente o que fazer e, enfim, abriu o placar no Maracanã. Carlinhos recebeu entre a zaga — em posição legal após checagem do VAR — e carimbou a trave na saída de Léo Jardim, mas Xandinho fez no rebote.
Após sair atrás no placar, o Vasco mudou a postura. O técnico Ramón Díaz abriu mão dos três zagueiros e colocou Adson. O Cruzmaltino chegava com mais perigo e, na falta de criatividade, apostava no bom e velho “chuveirinho” buscando Vegetti e Clayson. Na medida em que ficou mais ofensivo, o time vascaíno deixava mais espaços, e o Nova Iguaçu perdeu uma chance clara com Carlinhos.
O Nova Iguaçu deu sinais de desgaste após os 20 minutos do segundo tempo. O Vasco, então, começou a encontrar espaços para jogar e empilhou oportunidades. Payet, aos 21, parou no goleiro Fabrício Santana — que contou com a ajuda do travessão. O francês, que acertara outra bola na trave aos 37, participou pouco antes do lance do gol vascaíno. Ele bateu falta na área, Sforza ajeitou para o meio e Piton empatou.
Nos minutos finais, o jogo ficou mais animado. O Nova Iguaçu ganhou energia com as mudanças do técnico Carlos Vitor e voltou a incomodar. Bill e Carlinhos tiveram oportunidades, mas o goleiro Léo Jardim fez duas grandes defesas para evitar a derrota vascaína. O Vasco, sem muita criatividade, tentou pelo alto, mas sem sucesso. Payet chegou a discutir cara a cara com Emerson Carioca e, pouco depois, uma nova confusão gerou as expulsões de Mateus Carvalho e Fernandinho. Já o placar não mudou.
O DIA