Suécia entra oficialmente na Otan e se torna o 32º membro.

“Hoje é um dia de vitória para a liberdade”, disse o primeiro-ministro sueco, Ulf Kristersson.

Ulf Kristersson Foto: MAGNUS LEJHALL/EFE/EFEVISUAL

Nesta quinta-feira (7), a Suécia ingressou oficialmente na Organização do Tratado do Atlântico Norte (Otan) ao depositar em Washington o documento de adesão à Aliança Atlântica.

O primeiro-ministro sueco, Ulf Kristersson, apresentou o instrumento de adesão ao secretário de Estado dos Estados Unidos, Antony Blinken, na capital americana, certificando a sua histórica entrada na aliança.

Blinken afirmou que “é uma honra ser o primeiro a acolher” a Suécia como 32º membro da OTAN, que se expande pela segunda vez desde o início da invasão russa da Ucrânia, há pouco mais de dois anos, após a entrada da Finlândia no ano passado.

– A Suécia oferece capacidades no Ártico e no Mar Báltico. Ninguém pensou que chegaríamos aqui e aqui estamos – disse Blinken após a cerimônia de entrega do instrumento de adesão.

Ele falou ainda que “a Otan está agora mais forte do que nunca” e também disse que “a Suécia tem uma história de 200 anos de não alinhamento e, antes da invasão russa da Ucrânia, menos de um em cada três suecos apoiava a adesão”.

– Depois tudo mudou: depois da invasão, três em cada quatro suecos queriam esta incorporação. O povo sueco levantou-se e apoiou não só a defesa do seu país, mas também a responsabilidade comum de todos pela paz – lembrou o secretário de Estado americano.

Kristersson, por sua vez, assegurou que este dia é “histórico” para o país, que completa a incorporação de todos os países nórdicos sob a égide da Otan e a inclusão de praticamente todo o Mar Báltico na aliança, algo de grande importância estratégica.

– Hoje é um dia de vitória para a liberdade. A Suécia tomou uma decisão livre, democrática e soberana – destacou o chefe do governo sueco.

O primeiro-ministro agradeceu o apoio bipartidário do Congresso dos EUA e do presidente Joe Biden e dos demais membros da aliança por esta entrada.

– Compartilharemos responsabilidades, obrigações e riscos com outros aliados. Estamos gratos e também orgulhosos. Iremos satisfazer as elevadas expectativas de todos os aliados da Otan. Unidos permaneceremos firmes. A unidade e a solidariedade serão as luzes que guiarão a Suécia como membro da Otan – ressaltou.

Com a recepção do protocolo de adesão à Aliança pelo Departamento de Estado em Washington, a Suécia completa sua guinada na política externa e encerra dois séculos de não alinhamento militar.

A Suécia já vinha tomando medidas de aproximação da Otan há três décadas, coincidindo com o fim da Guerra Fria, como a adesão à iniciativa Associação pela Paz da Aliança, que permitiu a participação de soldados suecos nas missões no Kosovo e no Afeganistão.

*EFE

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