Lula volta a chamar guerra na Faixa de Gaza de “genocídio”.

Petista cobrou intervenção do Conselho de Segurança das Nações Unidas para paralisar o confronto imediatamente.

Presidente Luiz Inácio Lula da Silva Foto: EFE/ André Coelho

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) disse, nesta quarta-feira (6), que as imagens da ação militar de Israel na Faixa de Gaza corroboram sua tese de que o governo israelense promove um genocídio, na guerra declarada contra o grupo terrorista Hamas.

– Se alguém tinha dúvida, as últimas imagens do que aconteceu em Gaza mostram para que todos nós seres humanos não percamos o humanismo que ainda tem dentro de nós. Não sejamos algoritmos, sejamos seres humanos de verdade e percebamos que o que está acontecendo lá é um verdadeiro genocídio – afirmou Lula.

A caracterização jurídica do crime de genocídio em Gaza levanta diferentes versões e está em apuração na Corte Internacional de Justiça. Israel nega, e já reagiu a Lula antes, assim como a comunidade judaica no Brasil. O governo israelense afirma que nunca teve a intenção de exterminar o povo palestino e que toma precauções para minimizar os danos sobre a população civil.

Lula voltou a cobrar intervenção do Conselho de Segurança das Nações Unidas para paralisar o confronto imediatamente. Segundo ele, porém, o conselho já não representa “quase nada”, porque “todos os membros se metem em guerras sem levar em conta nenhuma instância”. Lula disse ainda que a “paralisia do conselho é prova cabal da necessidade urgente de reforma”.

O petista também voltou a dizer que o Brasil condenou o ataque terrorista do Hamas, em 7 de outubro, que deixou 1,2 mil mortos num massacre sem distinção de civis e militares, mas que “não pode deixar de condenar a atuação do governo de Israel”.

Israel e Brasil vivem uma crise diplomática deflagrada por uma analogia feita pelo presidente brasileiro, durante viagem à Etiópia, entre a ação das Forças de Defesa de Israel em Gaza e o extermínio de 6 milhões de judeus pelo regime nazista de Adolf Hitler. Lula foi declarado persona non grata, mas se recusou a atender as cobranças por desculpas do governo israelense.

*AE

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