Após ato gigantesco da direita, esquerda articula manifestação.
Mobilização planeja pedir prisão de Bolsonaro e defender pautas pró-Palestina.
Diante da enorme manifestação da direita que reuniu cerca de 750 mil pessoas na Avenida Paulista no último dia 25 de fevereiro, segundo dados da Secretaria de Segurança Pública (SSP) de São Paulo, a esquerda decidiu articular um ato que será realizado por sindicatos e movimentos sociais, no próximo dia 23 de março, nas 27 capitais brasileiras.
A manifestação em questão parece ser claramente uma resposta ao ato convocado pelo ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) no último mês. Um exemplo disso é que uma das pautas que serão levantadas no evento de esquerda é justamente a prisão do ex-chefe do Executivo.
Os atos da esquerda serão organizados pelos movimentos de esquerda Frente Povo Sem Medo (FPSM) e Frente Brasil Popular. No último dia 27 de fevereiro, apenas dois dias após a gigantesca manifestação de direita na Avenida Paulista, os coletivos se reuniram com representantes do PT, PCdoB e PSOL e líderes de movimentos sociais para definir a data da mobilização.
Apesar de ser realizada em todo o país, a manifestação terá mobilização reforçada em São Paulo e Salvador. Na capital paulista, segundo relatos de lideranças de esquerda que participaram da reunião para organizar o evento, um dos motivos para um maior esforço seria justamente o resultado obtido por Bolsonaro no dia 25 de fevereiro.
Durante o ato, está prevista a leitura de uma carta onde será defendida a prisão de Bolsonaro e dos seus aliados. A escolha da data, segundo os organizadores, seria para relembrar o início do regime militar. O acontecimento se deu no dia 31 de março de 1964, porém as frentes de esquerda disseram que adiantaram uma semana por causa do feriado da Páscoa.
Além da prisão do ex-presidente e dos demais investigados pela Polícia Federal, a manifestação também terá como pauta o conflito entre Israel e o grupo terrorista Hamas. É comum que movimentos e partidos de esquerda costumem endossar os posicionamentos ideológicos do Hamas, inclusive apoiando os métodos utilizados por eles para imposição de suas pautas.
*Com informações AE