Gangues atacam prisão no Haiti e libertam cerca de 4 mil detentos.

Entre os prisioneiros que fugiram estão membros importantes de gangues muito poderosas.

Prisão de onde fugiram diversos presos no Haiti Foto: EFE/ Siffroy Clarens

Um grupo de cerca de 4 mil presos escapou da prisão nacional de Porto Príncipe, no Haiti, no último sábado (2), depois de um ataque de gangues armadas e em meio a uma onda de distúrbios que abala o país há vários dias. A informação foi divulgada pela embaixada francesa e pela mídia local.

A representação diplomática da França apelou à “prudência” e a evitar “deslocamentos”. Por sua vez, o Sindicato da Polícia Nacional do Haiti pediu aos policiais e militares que possuam carros, armas e munições que se dirijam à prisão para reforçar a segurança, segundo mensagem publicada na rede social X.

Entre os prisioneiros que fugiram estão “membros importantes de gangues muito poderosas”, informou o jornal Gazette d’Haïti. Criminosos comuns, líderes de gangues e também os acusados do assassinato do presidente Jovenel Moïse em 2021 foram detidos naquela prisão, localizada a poucos quarteirões do Palácio Nacional, informou o jornal Le Nouvelliste.

ATAQUE DEIXA AO MENOS 10 MORTOS
Além da fuga, o ataque contra a penitenciária de Porto Príncipe também deixou mortos. A Agência EFE informou que conseguiu ver os corpos de pelo menos dez pessoas nas imediações do presídio, alguns deles dilacerados por cães, na sequência de uma noite marcada pela violência.

Nas ruas, relatos sugerem que a polícia, que parece estar recuperando o controle da situação, também recolheu alguns corpos. Nas redes sociais, há vídeos nos quais é possível ver como o poderoso líder da gangue Village de Dieu, conhecido como Izo, monitora tanto a Penitenciária Nacional quanto o Palácio Nacional por meio de sofisticados drones.

Segundo as versões que circulam nas redes, o próximo alvo dos grupos armados seria justamente o Palácio Nacional. Os bandos utilizam frequentemente as redes sociais para revelar os seus planos para assumir o controle de todas as instituições do Estado, com o objetivo de derrubar o governo.

O Haiti vive uma escalada dos já altos níveis de violência desde que o primeiro-ministro das Bahamas, Phillip Davis, declarou na última quinta-feira (29) que o primeiro-ministro haitiano, Ariel Henry, se comprometeu a realizar eleições antes de 31 de agosto de 2025.

*EFE

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