Ex de Marielle Franco quer tornar Netanyahu “persona non grata”.
Medida valeria para o Rio de Janeiro.
A vereadora Monica Benício (PSOL-RJ), que era companheira de Marielle Franco, protocolou um Projeto de Decreto Legislativo (PDL) que declara o primeiro-ministro de Israel, Benjamin Netanyahu, persona non grata na cidade do Rio de Janeiro.
A atitude é uma reação direta à decisão de Israel de considerar o presidente brasileiro Luiz Inácio Lula da Silva (PT) como persona non grata no país que está em guerra com o grupo terrorista Hamas.
Em seu texto, a parlamentar, líder do PSOL na na Câmara Municipal do Rio, acusou Netanyahu de “matança indiscriminada do povo palestino”.
– Netanyahu está a frente de uma coalizão de extrema direita e move a máquina de guerra israelense para massacrar o povo palestino na Faixa de Gaza e na Cisjordânia. As estimativas apontam para mais de 30 mil pessoas assassinadas pelas tropas israelenses, entre elas mais de 12 mil crianças. Escolas, hospitais, mesquitas, residências: nada é poupado pelo desejo de extermínio dos palestinos que Netanyahu representa. Não há outro nome, é genocídio sim – argumenta a parlamentar.
Mônica ainda quis falar por todos os cariocas, ao dizer que a população “vê com asco e horror o massacre que o governo chefiado por Netanyahu está produzindo em Gaza”.
– A população do Rio de Janeiro, que acolhe solidariamente as pessoas que aqui se refugiam, entre elas palestinos e judeus, certamente vê com asco e horror o massacre que o governo chefiado por Netanyahu está produzindo em Gaza. Os cariocas desejam um caminho de paz, respeito e dignidade para todos, israelenses e palestinos. Um caminho que Netanyahu faz questão de destruir e, por isso, ele se tornou persona non grata por aqui – declarou a ex de Marielle.
A expressão “persona non grata”, de origem latina, é utilizada nas relações internacionais para indicar que um representante oficial estrangeiro não é bem-vindo em determinado país. No caso de Lula, isso significa que ele não será aceito em visitas oficiais a Israel, perdendo seu status diplomático e os privilégios correspondentes. Essa decisão não impede que Lula visite Israel em outras circunstâncias, como turismo.
Por: Monique Mello
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