Militares na mira da PF: O que diz o comandante da Aeronáutica.

Polícia Federal prendeu militares no âmbito da Operação Tempus Veritatis.

Marcelo Kanitz Damasceno Foto: EFE/ Andre Borges

O comandante da Aeronáutica, Tenente-Brigadeiro do Ar Marcelo Kanitz Damasceno, defendeu uma “investigação completa” sobre militares suspeitos de participarem de uma suposta tentativa de golpe no país e afirmou que, caso seja comprovada a participação de integrantes de sua tropa, haverá punição.

– Qualquer coisa que fira nossos diplomas disciplinares será punida – disse Damasceno em entrevista ao jornal O Globo.

Ele disse ainda que o comando da Aeronáutica coaduna com a necessidade de uma investigação completa, garantindo a ampla defesa e o contraditório a todos os envolvidos, seguindo o necessário rito processual previsto no ordenamento jurídico vigente.

Damasceno também afirmou que não teve informação sobre a reunião, no governo anterior, para discutir atos antidemocráticos e que a posição do Alto Comando da Aeronáutica foi de isenção em relação ao governo Bolsonaro. Damasceno diz não saber e nem ter sido informado pela Justiça se houve a participação de militares da FAB da ativa nos atos de 8 de janeiro.

Na entrevista, ele também falou sobre a relação com o presidente Luiz Inácio Lula da Silva e negou haver desconfianças no Alto Comando.

– A minha relação com o presidente sempre foi muito urbana. Ele tem uma grande preocupação com o reaparelhamento das Forças Armadas e, por exemplo, uma vontade muito grande de que a gente desenvolva uma turbina (de aeronaves). Poucos países do mundo fazem isso. Lula é apaixonado por essa agenda de Defesa – disse o brigadeiro.

O comandante da FAB defende a saída de militar à reserva, caso queira se candidatar, mas apoia que assuma função no Executivo, sem cargo eletivo, e concurso aberto, não delimitando vagas para mulheres.

*AE

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