O presidente da Argentina, Javier Milei, disse neste sábado (10) que espera ter um “diálogo muito frutífero” com o papa Francisco, o qual descreveu como “o argentino mais importante da história”, depois de tê-lo criticado abertamente durante a campanha eleitoral.

– Vamos ter um diálogo muito frutífero, como o que tivemos quando falamos ao telefone – previu Milei em relação ao encontro que ocorrerá neste domingo (11), em uma entrevista à rádio “Mitre”, da Itália.

Ao longo da campanha, Milei descreveu o pontífice como o “representante do maligno na Terra”, entre outras desqualificações, enquanto o líder religioso minimizou a importância das acusações do ultraliberal, admitindo que “são coisas que são ditas na campanha eleitoral” e que, de fato, foi ele quem tirou o telefone do gancho para parabenizá-lo após sua eleição presidencial.

Milei o descreveu neste sábado como “o argentino mais importante da história” e que não se pode “perder essa perspectiva”.

– Espero que a saúde de Sua Santidade esteja em boas condições para que ele venha visitar os argentinos – acrescentou Milei, referindo-se a uma possível visita do papa argentino ao seu país natal, ao qual ele não retornou desde sua eleição em 2013, porque “o apoio moral é muito importante em um país com um catolicismo tão enraizado”.

Milei concedeu esta entrevista da Itália, onde chegou procedente de Israel no início da tarde de sexta-feira (9). Essa é a segunda viagem ao exterior do presidente, que assumiu o cargo em 10 de dezembro do ano passado, após sua visita ao Fórum de Davos.

O primeiro ato oficial de sua viagem será a canonização, neste domingo, da primeira santa da Argentina, María Antonia de San José Paz y Figueroa, conhecida como Mama Antula, em uma missa na Basílica de São Pedro, no Vaticano, às 9h30 (5h30 em Brasília), onde ele cumprimentará o papa Francisco.

O pontífice receberá Milei na segunda-feira (12), em uma audiência privada no Palácio Apostólico, uma reunião cara a cara, cuja atmosfera também será definida pelos gestos e atas da reunião entre os dois.

Como manda o protocolo, o presidente argentino também se reunirá com o secretário de Estado do Vaticano, cardeal Pietro Parolin.

Em sua visita oficial à Itália, o argentino se reunirá com o presidente da Itália, Sergio Mattarella, na tarde de segunda-feira, no Palácio do Quirinal, em Roma. Em seguida, ele se encontrará com a primeira-ministra, Giorgia Meloni, que o elogiou em diversas ocasiões.

*Com informações EFE

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