Exército irá buscar militar alvo da PF nos Estados Unidos.

Coronel está com mandado de prisão em aberto.

Coronel Bernardo Romão Corrêa Neto Foto: Centro de Preparação de Oficiais da Reserva de Porto Alegre

O coronel do Exército Brasileiro Bernardo Romão Corrêa Neto, um dos alvos da Operação Tempus Veritatis da Polícia Federal (PF), encontra-se nos Estados Unidos. O militar é um dos quatro nomes com mandado de prisão preventiva em uma lista com 26 alvos.

Nesta quinta-feira (8), tão logo soube do mandado de prisão aberto contra ele, o oficial se entregou. Agora, o Exército está montando uma operação para trazê-lo de volta ao Brasil. Corrêa Neto está em Washington desde 30 de dezembro de 2022 para fazer um curso de medidas administrativas no Colégio Interamericano de Defesa.

O coronel deverá fazer a viagem de volta ao Brasil escoltado por um oficial do Exército Brasileiro. Ele será recebido no Aeroporto Internacional de Brasília por agentes da Polícia Federal. Em seguida, deverá ser conduzido a uma prisão militar, assim como os outros militares alvos da operação.

Corrêa Neto é apontado pela PF como responsável por convocar reuniões com militares para atuarem em favor das manifestações nas portas dos quartéis e nos atos de 8 de janeiro.

A investigação também aponta o militar como homem de confiança de Mauro Cid, na execução de tarefas que o então ajudante de ordens da Presidência da República não conseguiria desempenhar, justamente em função do ofício no Executivo.

Ao todo, 16 militares das Forças Armadas estão na mira da PF.

Confira a lista completa:

Ailton Gonçalves Moraes Barros – ex-candidato a deputado estadual pelo PL no Rio de Janeiro;

Almir Garnier Santos – ex-comandante da Marinha;

Amauri Feres Saad – advogado;

Anderson Gustavo Torres – ex-ministro da Justiça;

Angelo Martins Denicoli – major da reserva do Exército;

Augusto Heleno Ribeiro Pereira – ex-ministro do Gabinete de Segurança Institucional (GSI);

Bernardo Romão Correa Neto – coronel do Exército;

Cleverson Ney Magalhães – coronel do Exército e ex-oficial do Comando de Operações Terrestres;

Eder Lindsay Magalhães Balbino – sócio da empresa Gaio.io e responsável por subsidiar o relatório apresentado pelo PL com questionamentos sobre as urnas;

Estevam Theophilo Gaspar de Oliveira – general e ex-comandante de Operações Terrestres do Exército;

Filipe Garcia Martins Pereira – ex-assessor-especial para assuntos internacionais da Presidência da República;

Guilherme Marques Almeida – coronel do Exército (desmaiou ao descobrir que era alvo da operação);

Hélio Ferreira Lima – tenente-coronel do Exército;

Jair Messias Bolsonaro – ex-presidente da República;

José Eduardo de Oliveira e Silva – padre que atua na diocese de Osasco, na Grande São Paulo;

Laércio Vergílio – general de brigada reformado;

Marcelo Costa Câmara – coronel da reserva do Exército e ex-assessor especial de Bolsonaro;

Mario Fernandes – general do Exército;

Paulo Renato de Oliveira Figueiredo Filho – jornalista;

Paulo Sérgio Nogueira de Oliveira – ex-ministro da Defesa;

Rafael Martins de Oliveira – major das Forças Especiais do Exército;

Ronald Ferreira de Araújo Júnior – tenente-coronel do Exército;

Sergio Ricardo Cavaliere de Medeiros – major do Exército;

Tércio Arnaud Tomaz – auxiliar de Jair Bolsonaro;

Valdemar Costa Neto – presidente do Partido Liberal;

Walter Souza Braga Netto – vice na chapa de Bolsonaro nas eleições de 2022 e ex-ministro da Defesa e da Casa Civil.

Por: Monique Mello

PLENO.NEWS

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