De padre a Bolsonaro, quem são os alvos de ação da Polícia Federal
Corporação realizou a Operação Tempus Veritatis na manhã desta quinta-feira.
A Polícia Federal realizou nesta quinta-feira (8) a Operação Tempus Veritatis, que teria como objetivo apurar a existência de uma suposta organização que atuou na tentativa de obter vantagem de natureza política com a manutenção do ex-presidente Jair Bolsonaro no poder. A ação foi realizada para cumprimento de mandados determinados pelo ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF).
Ao todo, os agentes saíram na manhã desta quinta para cumprir 33 mandados de busca e apreensão, quatro mandados de prisão preventiva e 48 medidas cautelares diversas da prisão, expedidas pelo Supremo Tribunal Federal (STF), nos estados do Amazonas, Rio de Janeiro, São Paulo, Minas Gerais, Mato Grosso do Sul, Ceará, Espírito Santo, Paraná, Goiás e no Distrito Federal.
Entre os alvos da ação estavam o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL); os ex-ministros da Justiça Anderson Torres; do Gabinete de Segurança Institucional (GSI) general Augusto Heleno, da Defesa general Paulo Sérgio Nogueira; o candidato a vice-presidente na chapa de Bolsonaro em 2022, general Walter Braga Netto.
Já entre os presos estão o ex-assessor da Presidência para assuntos internacionais, Filipe Martins; o ex-ajudante de ordens de Bolsonaro, coronel Marcelo Câmara; e o presidente do Partido Liberal (PL), Valdemar Costa Neto.
MANDADO CONTRA BOLSONARO
Durante a manhã desta quinta, agentes da Polícia Federal foram até a casa de veraneio de Bolsonaro em Angra dos Reis, no Rio de Janeiro, e pediram que ele entregasse o passaporte, o que foi feito horas depois. O ex-presidente disse ainda que foi alvo de uma medida cautelar restritiva que o proíbe de ter contato com outros investigados pela operação, mesmo que seja por meio de advogados.
Por fim, Bolsonaro relatou que os policiais cumpriram, em sua casa, um mandado de busca e apreensão contra Tércio Arnaud, auxiliar do ex-presidente que o acompanha em Angra. Segundo o ex-chefe do Executivo, os agentes apreenderam o celular de Tércio.
Confira a lista dos alvos da operação:
Ailton Gonçalves Moraes Barros – ex-candidato a deputado estadual pelo PL no Rio de Janeiro;
Almir Garnier Santos – ex-comandante da Marinha;
Amauri Feres Saad – advogado;
Anderson Gustavo Torres – ex-ministro da Justiça;
Angelo Martins Denicoli – major da reserva do Exército;
Augusto Heleno Ribeiro Pereira – ex-ministro do Gabinete de Segurança Institucional (GSI);
Bernardo Romão Correa Neto – coronel do Exército;
Cleverson Ney Magalhães – coronel do Exército e ex-oficial do Comando de Operações Terrestres;
Eder Lindsay Magalhães Balbino – sócio da empresa Gaio.io e responsável por subsidiar o relatório apresentado pelo PL com questionamentos sobre as urnas;
Estevam Theophilo Gaspar de Oliveira – general e ex-comandante de Operações Terrestres do Exército;
Filipe Garcia Martins Pereira – ex-assessor-especial para assuntos internacionais da Presidência da República;
Guilherme Marques Almeida – coronel do Exército (desmaiou ao descobrir que era alvo da operação);
Hélio Ferreira Lima – tenente-coronel do Exército;
Jair Messias Bolsonaro – ex-presidente da República;
José Eduardo de Oliveira e Silva – padre que atua na diocese de Osasco, na Grande São Paulo;
Laércio Vergílio – general de brigada reformado;
Marcelo Costa Câmara – coronel da reserva do Exército e ex-assessor especial de Bolsonaro;
Mario Fernandes – general do Exército;
Paulo Renato de Oliveira Figueiredo Filho – jornalista;
Paulo Sérgio Nogueira de Oliveira – ex-ministro da Defesa;
Rafael Martins de Oliveira – major das Forças Especiais do Exército;
Ronald Ferreira de Araújo Júnior – tenente-coronel do Exército;
Sergio Ricardo Cavaliere de Medeiros – major do Exército;
Tércio Arnaud Tomaz – auxiliar de Jair Bolsonaro;
Valdemar Costa Neto – presidente do Partido Liberal;
Walter Souza Braga Netto – vice na chapa de Bolsonaro nas eleições de 2022 e ex-ministro da Defesa e da Casa Civil.
Por: Paulo Moura
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