Mais um envolvido no sequestro de Marcelinho Carioca é preso
Caio Pereira da Silva, que se apresentou à polícia, teria sido o responsável por alugar a residência que serviu de cativeiro.
Mais um acusado de participar do sequestro do ex-jogador Marcelinho Carioca e da amiga dele, Taís Alcântara, foi preso na última semana. Caio Pereira da Silva foi detido na última sexta-feira (2), quando se apresentou à Divisão Antissequestro (DAS), mas a informação só foi confirmada nesta terça (6) pela Secretaria da Administração Penitenciária (SAP).
O homem era procurado pela polícia desde que a Justiça decretou a prisão preventiva dele, no mês passado. De acordo com a DAS, ele teria sido o responsável por alugar a residência em Itaquaquecetuba, em São Paulo, que foi usada pela quadrilha como o cativeiro de Marcelinho e Taís.
Ao ser interrogado, Caio negou a acusação e afirmou ser inocente. A SAP informou que Caio ficará detido preventivamente no Centro de Detenção Penitenciária (CDP) de Pinheiros, na Zona Oeste de São Paulo.
Com a prisão de Caio, dois acusados de participação no sequestro continuam sendo procurados: Matheus Costa e Camily da Silva. Quatro suspeitos de envolvimento no caso já haviam sido presos em flagrante: Jones Ferreira, Wadson Santos, Eliane de Amorim e Thauannata dos Santos. Eles continuam detidos preventivamente por decisão judicial, mas Eliane está em prisão domiciliar.
A Justiça de São Paulo aceitou no último mês a denúncia apresentada contra os sete acusados de envolvimento no sequestro. Com isso, eles agora se tornam réus por diversos crimes relacionados ao ocorrido.
O grupo criminoso foi denunciado pelo Ministério Público por crimes como associação criminosa, receptação, roubo, extorsão mediante sequestro e lavagem de dinheiro. O caso é investigado pela Divisão Antissequestro (DAS) da Polícia Civil, que acredita que ao menos dez pessoas participaram do sequestro de Marcelinho.
Ao portal G1, a defesa de Jones reconheceu que ele conseguiu as contas bancárias de outras pessoas para movimentação do dinheiro no caso, mas que desconhecia que seria um sequestro. A defesa de Thauannata, por sua vez, informou que ela “é presumidamente inocente até que se prove sua culpa além de qualquer dúvida razoável”.
O advogado de Eliane disse que a mulher “simplesmente emprestou a conta para sacar os valores” e que ela não participou do sequestro. O advogado que defende Wadson afirmou que não pode passar informações sobre a defesa. As defesas de Caio, Matheus e Camily não foram localizadas para comentar o assunto.
SOBRE O SEQUESTRO
Marcelinho relatou à polícia que foi ao show do cantor Thiaguinho, na Neo Química Arena, em São Paulo, no dia 16 de dezembro do ano passado. Ao sair do evento, ele passou na casa de Taís para deixar ingressos para outro show do artista que seria realizado no dia seguinte.
No entanto, os dois teriam percebido a aproximação de três criminosos e tentaram se esconder abaixados no carro do jogador, mas foram forçados a abrir a porta do veículo. Marcelinho disse que levou uma coronhada no olho esquerdo e que os bandidos chegaram a dar voltas com o carro por um baile funk antes de levá-los para um cativeiro em Itaquaquecetuba.
Antes de ser resgatado, Marcelinho disse que ele e a amiga foram obrigados pelos criminosos a gravar um vídeo dizendo que tinham um caso e que haviam sido sequestrados por vingança. A polícia, porém, disse que a ideia dos bandidos era criar uma pista falsa com a gravação.
Ainda de acordo com as investigações, os criminosos teriam usado o celular do ex-jogador para pedir dinheiro a familiares e conseguiram ao menos uma transferência de R$ 30 mil. Após receber uma denúncia anônima, a Polícia Militar encontrou o cativeiro onde Marcelinho e Taís estavam e resgatou ambos no dia 18 de dezembro.
Por: Paulo Moura
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