EUA advertem que ataques contra grupos pró-Irã não terminaram.
Bombardeios dos EUA são a resposta do país ao ataque do grupo de milícias pró-iraniana Resistência Islâmica a uma base americana na Jordânia.
O assessor de Segurança Nacional da Casa Branca, Jake Sullivan, advertiu neste domingo (4) que os Estados Unidos pretendem continuar com os ataques contra os grupos apoiados pelo Irã, após dois dias consecutivos de bombardeios contra alvos na Síria, no Iraque e no Iêmen.
– Tudo começou com os bombardeios da noite de sexta-feira (2), mas não é o fim. Pretendemos realizar ataques e ações adicionais para continuar a enviar uma mensagem clara de que os Estados Unidos responderão quando as nossas forças forem atacadas ou pessoas forem mortas – disse Sullivan em entrevista à NBC News.
Os bombardeios americanos são a resposta do país ao ataque do grupo de milícias pró-iraniana Resistência Islâmica a uma base na Jordânia, na semana passada, que matou três soldados americanos e feriu cerca de 40 outros.
As Forças Armadas americanas iniciaram a primeira rodada de ataques aéreos contra grupos apoiados pelo Irã na Síria e no Iraque na tarde da última sexta. De acordo com o Comando Central dos EUA, mais de 85 alvos foram atingidos nos ataques contra a Força Quds do Corpo da Guarda Revolucionária do Irã.
Embora os Estados Unidos ainda estejam avaliando os resultados destes ataques, Sullivan disse que, de acordo com o governo iraquiano e a ONG Observatório Sírio para os Direitos Humanos, a ofensiva deixou 45 mortos em ambos os países.
No sábado (3), EUA e Reino Unido lançaram uma nova onda de ataques no Iêmen com caças e navios contra 13 locais associados às instalações de armazenamento de armas, sistemas de mísseis, sistemas de defesa aérea e radares dos houthis, apoiados pelo Irã. Em entrevista separada à CNN, Sullivan negou que os americanos busquem um conflito em grande escala no Oriente Médio.
Segundo o assessor, o que está acontecendo com os houthis no Mar Vermelho “é, em certa medida, desencadeado pelo que está acontecendo em Gaza, mas não é a mesma coisa”.
– Os houthis não estão apenas atacando navios relacionados com Israel, estão atacando muitos navios diferentes de muitos países diferentes, (…) [e é por isso que os EUA estão] tentando resolver o desafio da liberdade de navegação no Mar Vermelho – completou.
*EFE