Começa na Espanha o julgamento do jogador Daniel Alves
Tribunal espera encerrar análise do caso do atleta até a próxima quarta-feira.
O julgamento do jogador Daniel Alves, acusado de estuprar uma jovem no banheiro da boate Sutton, em Barcelona, em dezembro de 2022, começou às 10h32 desta segunda-feira (5), pelo horário local (6h32 de Brasília), com a tramitação das alegações preliminares das acusações e da defesa.
A partir desta segunda, o ex-jogador do Barcelona e do São Paulo estará sentado no banco dos réus da Audiência de Barcelona, que reservou três dias – até quarta-feira (7) – para julgar o brasileiro, para quem o Ministério Público pede nove anos de prisão, enquanto a acusação privada exercida pela vítima solicita uma sentença mais dura, de 12 anos de reclusão.
A primeira sessão do julgamento começou com a tramitação das alegações preliminares, o que permite às acusações e à defesa apresentar ao tribunal questões e pedidos de última hora que considerem cabíveis, desde a ordem dos depoimentos até os pedidos de anulação do processo de instrução.
Daniel Alves está em prisão preventiva desde 20 de janeiro de 2023, quando a polícia de Barcelona o deteve no escritório do seu advogado, depois de uma jovem de 23 anos o ter denunciado por tê-la violentado sexualmente na noite de 30 de dezembro de 2022.
O jogador foi transferido nesta segunda da prisão em uma viatura da polícia e permaneceu nas celas da Audiência de Barcelona até que os agentes o levaram para a sala onde acontece o julgamento.
No caminho para a sala de audiência, os agentes conduziram o jogador por caminhos não habituais, evitando que o brasileiro passasse por numerosos jornalistas que, atrás de um cordão de segurança, aguardavam sua chegada.
Da mesma forma, vários agentes da Unidade Central contra Violências Sexuais da polícia de Barcelona se encarregaram de acompanhar a vítima – que testemunhará a portas fechadas e a gravação será salva com sua imagem pixelizada e voz distorcida – e duas amigas que estavam com ela na noite em que esteve na boate Sutton, que devem depor no julgamento como testemunhas.
*EFE