Ao menos 51 pessoas já morreram no Chile em decorrência dos incêndios florestais que atingem o país. Os números fazem parte de um balanço divulgado no fim da noite deste sábado (2) por autoridades chilenas. Do total de vítimas, cinco corpos foram encontrados em rodovias.

A catástrofe que assola o país sul-americano tem se concentrado na região centro-sul, especialmente na área de Valparaíso. O intenso fogo tem deixado corpos nas ruas e casas destruídas. Em uma publicação nas redes sociais, o presidente Gabriel Boric anunciou que está a caminho de Valparaíso. Ele decretou estado de emergência nas áreas atingidas pelas chamas.

Em razão da situação, as autoridades chilenas impuseram um toque de recolher a partir das 21h de sábado, para permitir a entrada de suprimentos de emergência nas áreas mais afetadas. Boric afirmou que a rede de saúde pública e privada chilena está coordenada para atender os feridos.

No início deste sábado, a ministra do Interior, Carolina Tohá, disse que havia 92 incêndios até o meio-dia, com 43 mil hectares queimados em todo o país. À tarde, os bombeiros ainda lutavam contra 29 focos de incêndio, enquanto 40 já estavam sob controle. Nas encostas ao redor da cidade litorânea de Viña del Mar, blocos inteiros de casas foram queimados.

Apesar de os incêndios estarem sendo provocados, e piorados, por uma onda de calor e seca de verão que afeta a parte sul da América do Sul, o presidente Gabriel Boric não descarta a possibilidade de que a catástrofe também possa ter sido causada de maneira intencional.

– A eventual intenção por trás destes incêndios está sendo investigada e, embora seja difícil imaginar quem poderia estar disposto a causar tanta tragédia e dor, saiba que será investigado em toda a extensão e com todos os recursos necessários – completou.

Por: Paulo Moura

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