Parlamento da Venezuela diz que Maduro disputará reeleição.

Os parlamentares aplaudiram a declaração do presidente da Casa de Leis.

Nicolás Maduro Foto: Ricardo Stuckert/PR

O presidente do Parlamento da Venezuela, Jorge Rodríguez, disse nesta quinta-feira (25) que o presidente do país, Nicolás Maduro, será candidato à reeleição nas eleições deste ano, previstas para o segundo semestre e que determinarão quem ficará na chefia do governo até 2030.

– Somos culpados de não aceitar, de não permitir, de revelar, de desmantelar os planos que buscam o assassinato do presidente, que também é nosso candidato – disse Rodríguez aos deputados, que começaram a aplaudir e a gritar palavras de ordem a favor de Maduro.

Rodríguez fez esta declaração em meio a um debate legislativo sobre planos de conspiração recentemente revelados que incluíam, de acordo com a Promotoria do país, o assassinato de Maduro e de outras autoridades de alto escalão do Estado.

O presidente do Parlamento se junta a Diosdado Cabello, primeiro vice-presidente governista do Partido Socialista Unido (PSUV), que tem afirmado repetidamente que Maduro, no poder desde 2013, será o candidato do chavismo este ano.

Porém, o próprio Maduro tem se recusado a confirmar se concorrerá a um terceiro mandato, considerando muito prematuro definir essa questão, como disse no início deste ano em entrevista à emissora estatal de televisão “VTV”.

Nos últimos dias, o canal exibiu uma série de eventos nos quais correligionários de Maduro – como é o caso de Rodríguez – garantiram que o presidente concorrerá e vencerá as eleições deste ano, embora a data do pleito ainda não tenha sido definida.

Do lado da oposição, a ex-deputada liberal María Corina Machado espera que – por meio de negociação com o governo – a desqualificação que a impede de ocupar cargos eletivos até 2030 seja suspensa.

Machado venceu em 22 de outubro, com 92,35% dos votos, as primárias organizadas pela Plataforma Unitária Democrática (PUD), maior coalizão de oposição, o que a torna a principal adversária do chavismo.

*EFE

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