Irã promete se vingar de Israel por morte de 5 militares.

Porta-voz iraniano disse que Israel será atacado “no momento e local apropriados”.

Bateria de artilharia israelense Foto: EFE/EPA/AYAL MARGOLIN

O Irã afirmou neste sábado (20) que tem o direito de responder a Israel “no momento e local apropriados” pela morte de cinco membros da poderosa Guarda Revolucionária em um ataque na Síria, que ocorre em um momento de tensão máxima no Oriente Médio.

– A República Islâmica do Irã tem o direito de responder ao terrorismo organizado do falso regime sionista [Israel] no momento e local apropriados – afirmou o porta-voz do Ministério das Relações Exteriores iraniano, Nasser Kanani, em um comunicado publicado na rede social X, antigo Twitter.O diplomata garantiu que a morte dos soldados “não será em vão” e pediu às organizações internacionais e a outros países que condenem o que chamou de “ação criminosa” de Israel.

A Guarda Revolucionária iraniana confirmou que quatro dos seus membros morreram no ataque israelense e responsabilizou o país, embora Israel ainda não tenha comentado a respeito.

Mais tarde, a imprensa iraniana, como a PressTV, aumentou para cinco o número de iranianos mortos no ataque.

As mortes dos quatro militares iranianos ocorrem depois de, na manhã da última terça-feira (16), o Irã ter bombardeado supostos alvos israelenses em solo iraquiano, onde quatro pessoas morreram, embora o Iraque tenha negado que se tratassem de instalações do Estado judeu.

O Irã justificou esse ataque pela morte, em dezembro, de três membros da Guarda Revolucionária na Síria, incluindo um general.

Teerã é aliado de Damasco na guerra na Síria, para onde enviou soldados e conselheiros militares, bem como forneceu apoio econômico e político.

O Oriente Médio vive uma situação de tensão máxima devido à guerra na Faixa de Gaza e em meio aos repetidos ataques das milícias pró-Irã do Iraque contra as posições dos Estados Unidos nesse país e na Síria, além das ações dos rebeldes houthis do Iêmen contra navios no Mar Vermelho.

*Com informações EFE

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