Rio Botas, em Belford Roxo, transbordou e ruas do entorno ficaram embaixo d’águaReprodução

Rio – Duas pessoas morreram e uma está desaparecida após a forte chuva que atingiu a Região Metropolitana do Rio na noite deste sábado (13). Na Zona Norte, em Ricardo de Albuquerque, um homem foi encontrado morto após ficar soterrado em um desabamento. Em Acari, na mesma região, uma mulher vítima de afogamento foi encontrada sem vida na Rua Matura. Já na Baixada Fluminense, em Belford Roxo, equipes do Corpo de Bombeiros buscam por uma mulher que desapareceu depois da queda de um veículo no Rio Botas. 
Segundo o Corpo de Bombeiros, equipes trabalham com cães farejadores para localiza a vítima, no entanto, ainda não foi encontrada. A corporação informou que atendeu a mais de 150 ocorrências relacionadas às chuvas nas últimas 24 horas, em todo o território fluminense. A maioria dos chamados são para salvamentos de pessoas, inundações/alagamentos, cortes de árvores e desabamentos/deslizamentos. 

De acordo com os Bombeiros, o Centro Estadual de Monitoramento e Alerta de Desastres Naturais (Cemaden-RJ) está acompanhando as condições meteorológicas e os níveis pluviométricos em todo o território fluminense, enviando alertas para os municípios quando necessário.

O risco de inundações e alagamentos é alto ou muito alto na capital, nas Regiões Metropolitana, Serrana, Sul, Noroeste, Costa Verde e na Baixada Fluminense. No restante do Estado, o risco é baixo a moderado. O risco de deslizamentos e desabamentos é alto ou muito alto na capital, nas Regiões Metropolitana, Serrana, Sul, Costa Verde e na Baixada Fluminense.

Estragos
O temporal que atingiu diferentes pontos do Rio de Janeiro causou alagamentos, queda de árvores e problemas no trânsito, neste sábado (13). Em cidades da Baixada Fluminense, como Duque de Caxias e Belford Roxo, ou em São Gonçalo, na Região Metropolitana, regiões ficaram em baixo d’água.
A Prefeitura de Duque de Caxias informou que alagamentos foram registrados em quatro distritos e 14 sirenes foram acionadas. Segundo o município, equipes da Defesa Civil estão em todos os locais afetados. Até o momento, não há registros de famílias desabrigadas ou desalojadas.
Na Praça de Pedágio do km 102, em Duque de Caxias, a pista precisou ficar interditada por cerca de 3h na subida da serra de Petrópolis, na Região Serrana, devido ao alagamento e risco de deslizamento. O sentido Rio, pista de descida, seguiu operando normalmente. Outro trecho alagado foi o da Reduc, que apresentou retenção no trânsito por causa de bolsão d’água em ambos os sentidos da rodovia.
Em São Gonçalo, na Região Metropolitana, a situação não foi diferente e bairros ficaram alagados e sem luz devido o temporal. A prefeitura afirmou que segue em estado de atenção desde esta quinta-feira (11), quando a cidade foi fortemente atingida pela chuva. Algumas regiões estão sem luz há mais de 24 horas.
No Rio, o prefeito Eduardo Paes usou as redes sociais para pedir que os motoristas não usem a Avenida Brasil. Segundo Paes, a via precisou ser interditada por conta dos bolsões d’água. O prefeito informou que os problemas na Zona Norte também são alarmantes nos bairros Irajá, Anchieta e Pavuna. Ele explicou, ainda, que o excesso de pessoas na rua atrapalha a ação dos agentes públicos. 
 
 
O município entrou no Estágio 4 às 02h45 deste domingo (14), devido aos elevados acumulados pluviométricos em 24 horas. Além disso, diversas ocorrências estão em andamento e provocam impactos na rotina da cidade. O Estágio 4 é o quarto nível em uma escala de cinco e significa que uma ou mais ocorrências graves impactam a cidade ou há incidência simultânea de diversos problemas de médio e alto impacto em diferentes regiões.
O Centro de Operações Rio informou que a cidade está com 25 bolsões d’água, 17 pontos de alagamentos e cinco quedas de árvores. Segundo o COR, a Defesa Civil Municipal acionou 29 sirenes em 16 comunidades do Rio. Os sinais foram ouvidos a partir da 00h30, em função do elevado acumulado pluviométrico no período de uma hora. Os pontos de apoio foram abertos pelos agentes comunitários de Defesa Civil e os moradores devem se dirigir aos abrigos dessas localidades.
 
O DIA