Os Estados Unidos confirmaram que realizaram uma ação militar com o apoio de vários países contra os rebeldes houthis no Iêmen, após um aumento dos ataques desse grupo insurgente contra navios no Mar Vermelho.

O presidente Joe Biden disse em um comunicado, na noite desta quinta-feira (11), que, sob sua direção, as forças militares dos EUA, juntamente com o Reino Unido e o apoio de Austrália, Bahrein, Canadá e Holanda, realizaram com sucesso ataques contra vários alvos no Iêmen usados pelos rebeldes houthis.

A ação militar é uma resposta aos ataques dos houthis, que nesta quinta lançaram um míssil balístico com o objetivo de atingir as rotas de navegação no Golfo de Aden, estratégica para o transporte de petróleo do Golfo Pérsico.

– Esses ataques colocaram em risco o pessoal dos EUA, os fuzileiros navais civis e nossos parceiros, colocaram em risco o comércio e ameaçaram a liberdade de navegação – afirmou Biden.

O último ataque houthi ocorreu na madrugada desta quinta, às 2h pelo horário da cidade iemenita de Sana’a (0h em Brasília), informou o Comando Central dos EUA (Centcom) em um comunicado. Embora não tenha danificado uma embarcação comercial, o ataque gerou preocupação entre os países que utilizam a rota comercial.

Biden disse que esse foi o 27° ataque dos houthis a embarcações comerciais que transitam pelo Mar Vermelho e pelo Golfo de Aden. O presidente dos Estados Unidos explicou que mais de 50 nações foram afetadas e tripulações de mais de 20 países foram ameaçadas ou feitas reféns em atos de pirataria.

As principais linhas de navegação globais continuam a ajustar suas rotas para evitar o trânsito por essa via marítima, que transporta quase 15% do comércio marítimo global, incluindo 8% do comércio mundial de grãos, 12% do comércio de petróleo e 8% do comércio mundial de gás natural liquefeito.

Em apoio aos palestinos na Faixa de Gaza, os rebeldes xiitas houthis, apoiados pelo Irã, têm atacado embarcações no Mar Vermelho desde 19 de novembro e que, segundo eles, estão ligadas de alguma forma a Israel.

*EFE