De acordo com a Força Aérea Brasileira (FAB), o grupo é formado por: 14 crianças, 11 mulheres e cinco homens.

Terceiro grupo de repatriados antes do embarque no Aeroporto do Cairo, no Egito — Foto: GovBR/FAB

O terceiro grupo de brasileiros e familiares que estavam na região da Faixa de Gaza chegou  na base aérea de Brasília às 6h53 deste sábado (23). Eles foram resgatados do local, que é o principal alvo de bombardeios da guerra entre Israel e o grupo extremista Hamas, na última quinta-feira (21).

De acordo com a Força Aérea Brasileira (FAB), chegaram ao Brasil: 14 crianças, 11 mulheres e cinco homens. Dois homens que viajariam com o grupo decidiram não embarcar: um senhor de 73 anos, por razões médicas, e outro que decidiu não viajar. Ao chegar na capital federal, eles receberam assistência social, de saúde e jurídica.

Desde o início do conflito, em 7 de outubro, a operação Voltando em Paz, desenvolvida pelo Itamaraty e a FAB, já resgatou 1.555 brasileiros e palestino-brasileiros da Faixa de Gaza e de cidades israelenses, além de 53 pets. Foram 12 voos até agora. 

As negociações mais delicadas ficaram por conta do resgate de pessoas que estavam na Faixa de Gaza.  É preciso uma complexa articulação, uma vez que a única fronteira para a saída de civis da zona de guerra é por Rafah, na fronteira com o Egito. 

As negociações também envolvem os governos de Israel, do Catar e da Palestina. Em 13 novembro, após 37 dias de espera e negociações com os governos de Israel, do Egito, do Catar e da Palestina, um grupo de 32 brasileiros e familiares foram repatriados.

Quase um mês depois, em 11 dezembro, um segundo grupo de 48 pessoas que estava na Faixa conseguiu asilo no Brasil. Agora, de acordo com a representação brasileira em Ramala, há 23 pessoas aguardando aprovação das autoridades para poderem cruzar a fronteira.

Ajuda humanitária

Na viagem de ida desta última aeronave, na quinta-feira, foi levado um carregamento com seis toneladas de purificadores e kits voltaicos. Os purificadores de água portáteis têm capacidade aproximada de produção, por unidade, de mais de 5.000 litros de água por dia. 

Segundo Alessandro Candeas, embaixador da representação brasileira em Ramala, a escassez de água potável na Faixa de Gaza é crítica, o que faz com que as pessoas apelem com cada vez mais frequência a fontes salobras ou poluídas. 

O TEMPO