Lula diz esperar que Dino “seja um comunista do bem” no STF.
Petista confirmou que Dino fica na Justiça até 8 de janeiro.
O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) afirmou que o ministro da Justiça, Flávio Dino, que teve o nome aprovado ao Supremo Tribunal Federal (STF) pelo Senado na semana passada, ficará à frente da pasta até 8 de janeiro. Ao falar sobre Dino ser “ministro comunista”, Lula pediu para que ele seja justo e disse que não lhe caberá dar entrevistas nem palpites sobre os votos em julgamentos.
Os recados do petista a Dino ocorreram durante fala inicial de Lula na última reunião ministerial do ano, que ocorre nesta quarta-feira, 20, no Palácio do Planalto. De acordo com Lula, na Suprema Corte, não se pode prevalecer visão ideológica.
– Ali [no STF], meu caro Flávio Dino, com a sua competência, só tem uma coisa que você não pode trair, que é seu compromisso com o povo brasileiro e com a verdade – declarou.
– Um ministro da Suprema Corte não tem que ficar dando entrevista, palpite sobre os votos. Ele fala no auto dos processos e é isso que interessa para quem recorre à Suprema Corte. Estou confiante que você será motivo de orgulho para o nosso país – acrescentou.
Sobre Dino ser comunista, o petista atrelou a polêmica de sua fala ao que ele chamou de extrema-direita e disse esperar que o novo ministro do STF seja um “comunista do bem”.
– Segundo a extrema-direita, [Dino] foi o 1º comunista a assumir a Suprema Corte e eu espero que seja um comunista do bem, que tenha amor, carinho e, sobretudo, que seja justo, porque ali não pode prevalecer apenas a visão ideológica ali. Meu caro Flávio Dino, com a sua competência só tem uma coisa que você não pode trair: é o teu compromisso com o povo brasileiro e com a verdade – disse.
Lula confirmou que Dino assumirá como ministro do STF no dia 22 de fevereiro, mas que ficará à frente da Justiça até o ato que o governo federal prepara de 1 ano dos atos de 8 de janeiro. De acordo com Lula, o ato será convocado pela Presidência da República junto com as presidências da Câmara, Senado e STF e deve ocorrer no Congresso. O Ministério da Justiça é quem está articulando os detalhes.
*AE