Israel despejou toneladas de suprimentos de um avião para suas tropas terrestres na Faixa de Gaza, uma operação que não realizava desde a segunda guerra contra o Líbano, em 2006, informou nesta segunda-feira (11) o Exército israelense.

As forças israelenses utilizaram este sistema pela primeira vez na ofensiva contra o Hamas na Faixa palestina, segundo um comunicado do Exército.

Cerca de 7 toneladas de suprimentos logísticos foram lançadas nos últimos dias para centenas de combatentes na área de Khan Younis, no sul do enclave palestino, em uma operação conjunta de unidades aéreas e de logística, com um avião de carga do tipo Samson.

A carga foi lançada de paraquedas em apoio à 98ª divisão do Exército israelense que combate na região, que tem entre as suas capacidades fornecer logística aérea ou marítima quando não é possível por terra, segundo o comunicado.

Israel luta por terra, mar e ar contra o Hamas em diferentes áreas de Gaza, com ataques no norte da Faixa contra alvos como a sua infraestrutura para lançar mísseis e no sul para controlar cidades como Khan Younis, que considera um reduto do grupo islâmico.

A artilharia israelense começou a operar na Faixa, com combates em praticamente todo o enclave palestino, que se agravaram em cidades como Khan Younis.

Segundo o Ministério da Saúde da Faixa de Gaza, controlado pelo grupo islâmico Hamas, o total de mortos no enclave no marco da ofensiva de Israel é agora de 18.007, enquanto o número de feridos já chegou a 49.229.

Por sua vez, o Exército israelense aumentou para 430 o número de mortes nas suas fileiras desde o ataque do Hamas a Israel em 7 de outubro, incluindo 101 desde que a ofensiva na Faixa começou no dia 27 daquele mês. Já o total de feridos chega a 1.593, 559 deles desde o início da ofensiva, segundo as forças israelenses.

O ataque do grupo terrorista em território israelense terminou com quase 1.200 mortos e cerca de 240 sequestrados que foram levados para a Faixa de Gaza.

Há quase 1,9 milhão de pessoas deslocadas internamente em Gaza, cerca de 80% da sua população de cerca de 2,3 milhões de habitantes.

*EFE