O ex-presidente da República Jair Bolsonaro (PL) se reuniu neste sábado (9) com o primeiro-ministro da Hungria, Viktor Orbán, em Buenos Aires, onde ambos se encontram para assistir a posse do presidente eleito da Argentina, Javier Milei, neste domingo (10).

Na reunião esteve presente um dos filhos de Bolsonaro, o deputado federal Eduardo Bolsonaro, que definiu Orbán como o “líder conservador amado na América Latina por representar a voz da liberdade mundialmente” em sua conta na rede social X (antigo Twitter).

Bolsonaro e seu filho viajaram na última quinta (7) para a Argentina acompanhados de vários legisladores que compõem a sua comitiva, para assistirem à cerimônia de posse de Milei.

O líder húngaro comentou em sua conta no X que teve “o prazer” de se encontrar com o seu “bom amigo” Bolsonaro e comemorou que “a direita está emergindo não apenas na Europa mas em todo o mundo!”

Bolsonaro e Orbán se cumprimentaram com um abraço, segundo o encontro que foi filmado pelo brasileiro, que apresentou os membros de sua comitiva ao húngaro, afirmando que esperavam conhecê-lo, e o líder ultraconservador apontou-lhes que Brasil e Hungria estão distantes um do outro, mas contrapôs a distância com “futebol” e “política”.

Em seguida, os dois líderes foram para uma sala para se reuníram em uma longa mesa com pessoas de suas respectivas delegações.

Bolsonaro esteve ontem com Milei durante uma hora no Hotel Libertador, na capital argentina, onde o líder do Liberdade Avança instalou sua sede na campanha eleitoral e onde reside e mantém o seu escritório de trabalho como presidente eleito.

Orbán, que ligou para Milei para parabenizá-lo pela eleição após o segundo turno de 19 de novembro, foi o único líder da União Europeia que em 1º de janeiro de 2019 participou da posse de Bolsonaro como presidente da República, cargo que ocupou até o final do ano passado.

Bolsonaro também se reuniu ontem com o ex-presidente argentino Mauricio Macri, líder da centro-direita local, que foi apoiado pelo brasileiro em sua fracassada tentativa de reeleição em 2019, perdendo para o atual mandatário, Alberto Fernández, com quem o brasileiro manteve uma relação distante e agressiva.

O atual presidente, Luiz Inácio Lula da Silva, não participará da cerimônia de posse de Milei, mas o governo brasileiro será oficialmente representado pelo ministro das Relações Exteriores, Mauro Vieira, que no dia 26 de outubro recebeu em Brasília a futura chanceler argentina, Diana Mondino.

*EFE