Empresa causadora de desastre em Maceió participa da COP28.
Braskem divulgou seus “feitos sustentáveis” sem citar catástrofe no Brasil.
A Braskem participou da Conferência do Clima das Nações Unidas, a COP28, para mostrar seus “feitos sustentáveis”. Enquanto isso, os moradores de Maceió aguardam pelo colapso de uma das minas da empresa que pode resultar em uma cratera do tamanho do Maracanã.
O desastre ambiental na capital alagoana é resultado de décadas de exploração do sal-gema, matéria prima encontrada a mil metros do solo que é utilizado e revendido pela petroquímica.
Cinco bairros foram esvaziados após o afundamento de terra. Assim, cerca de 60 mil pessoas perderam suas casas e tiveram que procurar outro local para viver. Muitas delas não receberam indenização da empresa até hoje.
A mina 18, localizada no bairro de Mutange, segue sendo monitorada pela Defesa Civil diante do possível colapso. De acordo com o capitão Augusto, chefe da Seção de Desastres Tecnológicos da Defesa Civil de Alagoas, os últimos relatórios apontam que a velocidade da movimentação do solo em torno da mina 18 continua alta, porém, com estabilização nas últimas horas.
Para evitar pânico nas pessoas, o governo de Alagoas resolveu não prevê mais o horário em que a que mina pode desabar e tem feito esforços para evitar que informações falsas cheguem até os moradores das proximidades dos bairros afetados.
– Nós, da Defesa Civil Estadual, não estamos falando mais em horário que vai acontecer o colapso, nem o que pode acontecer durante e depois, para não disseminar esse pânico na população. É importante evitar as notícias falsas. Poderão ser sentidas algumas vibrações, principalmente em edificações, no entanto, a magnitude do colapso não tem energia para gerar impacto nessas estruturas – garante o capitão.
Por: Leiliane Lopes
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