Bairro de Maceió com risco de afundamento foi esvaziado

Exploração de sal-gema causou grandes estragos ambientais.

Mutange é um dos bairros “fantasmas” após exploração de sal-gema em Maceió Foto: Defesa Civil

Toda a área do bairro Mutange, em Maceió, onde há minas da mineradora Braskem foi esvaziada pelas autoridades locais. Por toda a região é proibido o tráfego de pessoas e automóveis, pois há riscos de uma das minas desabar, gerando uma grande cratera.

Os poderes Executivo, Municipal, Estadual e Federal têm acompanhado de perto as análises no espaço, com expectativas de que a mina desabe ainda nesta sexta-feira (1º).

A Braskem tem 35 minas naquela região para a exploração de sal-gema. Diante do grande estrago causado em cinco bairros da capital alagoana, algumas medidas foram tomadas para evitar os desabamentos.

Por isso, nove minas devem ser preenchidas ou com areia, ou com solução líquida. Quatro foram tamponadas e tiveram todo o seu volume preenchido. Segundo o ministro dos Transportes Renan Filho, que mora em Maceió, a mina com risco iminente de desabamento também seria preenchida, mas no mês de novembro o movimento de terra impediu o trabalho.

– Os equipamentos perceberam o movimento desde o dia 6 agora do mês de novembro. Só que são vários indicadores que demonstram o movimento da terra. Então eles perceberam, mas houve uma estabilização. E a partir do dia 27 agora ele começou a se intensificar, inclusive a velocidade da movimentação da terra, que é um outro indicador. Houve mais de mil microtremores, o que chamou a atenção de todos – disse Renan Filho.

Os moradores do Mutange que insistiam em ficar em suas casas até serem indenizados pela Braskem foram retirados do bairro por ordem judicial.

– É possível que haja um rompimento, que pode gerar outros danos, porque haverá uma dissipação de energia na região. Como tem outras cavernas e a área já é de instabilidade, isso pode gerar outros rompimentos, mas o fato é que a área está isolada – completou Filho.

Por: Leiliane Lopes

PLENO.NEWS

Deixe uma resposta