A ex-candidata presidencial da coalizão Juntos pela Mudança, Patricia Bullrich, será a ministra da Segurança do governo de Javier Milei, que tomará posse em 10 de dezembro, informaram fontes oficiais.

De acordo com o comunicado divulgado nesta sexta-feira (1º) pelo gabinete do presidente eleito, a ex-ministra da Segurança do governo de Mauricio Macri (2015-2019) voltará a assumir essa pasta para o período 2023-2027.

– Agradeço ao presidente eleito Javier Milei a oportunidade oferecida de voltar a servir o país como ministra da Segurança. Comprometi-me com todos a conseguir a mudança profunda que a sociedade exige de nós, e vou travar essa batalha a partir do lugar onde me encontro hoje – declarou Bullrich nas suas redes sociais.

Nesta quinta (30), ela se reuniu com Milei no hotel Libertador, em Buenos Aires, o qual o presidente eleito vinha usando como bunker de campanha há semanas e que se tornou seu escritório de trabalho após vencer as eleições de 19 de novembro.

Após essa reunião, a futura ministra anunciou que convocará eleições internas no seu partido para o início de 2024 e já tinha anunciado que não se candidataria a um novo mandato.

– A verdadeira mudança é possível se a lei for aplicada em todos os cantos do país, de forma igual para todos e sem privilégios. A Argentina precisa de ordem. Seremos implacáveis contra o crime e lutaremos sem tréguas contra o tráfico de droga. É simples: quem faz, paga – concluiu Bullrich na mensagem que publicou na rede social X (antigo Twitter) após o anúncio da nomeação.

Apesar duros confrontos durante a campanha eleitoral, e depois de não ter conseguido votos suficientes para disputar o segundo turno, no qual concorreram Milei e Sergio Massa, do partido no poder, Bullrich manifestou o seu apoio incondicional – juntamente com o ex-presidente Macri – à fórmula liderada pelo libertário.

Por outro lado, o gabinete de Milei também confirmou Rodolfo Barra como o novo procurador-geral do Tesouro Nacional, encarregado de representar o Estado em questões legais.

Barra foi ministro da Suprema Corte e ministro da Justiça durante o governo de Carlos Menem (1989-1999) e terá que blindar juridicamente o plano de reforma que Milei pretende implementar quando assumir o cargo em 10 de dezembro.

*EFE