Nesta sexta-feira (1º), o grupo xiita libanês Hezbollah reivindicou cinco ataques contra alvos militares no norte de Israel. Foram os primeiros desde que a trégua humanitária em Gaza terminou, na manhã desta sexta, após uma semana de relativa calma também no front libanês.

– Em apoio ao nosso determinado povo palestino na Faixa de Gaza e em apoio à sua corajosa e honrada resistência, os mujahideen da Resistência Islâmica atacaram às 16 horas (horário local; 11h de Brasília) desta sexta-feira uma congregação de soldados inimigos nas proximidades do posto de Jal al Alam – anunciou o Hezbollah em comunicado.

Pouco depois dessa operação inicial, o movimento xiita anunciou, em notas sucessivas, quatro outras ações contra dois quartéis e dois grupos diferentes de soldados israelenses nas proximidades de dois postos do Exército no norte de Israel.

De acordo com os comunicados, todos os ataques foram realizados com “armas apropriadas” não especificadas e se concentraram em um período de cerca de uma hora.

Essas são as primeiras ações confirmadas pelo Hezbollah desde o término, nesta sexta-feira, de uma trégua humanitária de uma semana em Gaza, um cessar-fogo ao qual o grupo xiita também aderiu no sul do Líbano.

As Forças de Defesa de Israel disseram ter detectado uma série de bombardeios a partir do território libanês em três áreas diferentes no norte do Estado judeu à tarde e respondeu com disparo de artilharia nos pontos de origem dos projéteis. Elas também informaram ter atacado “uma célula terrorista” no Líbano, sem dar mais detalhes.

Uma hora antes de ocorrer o primeiro ataque reivindicado pelo Hezbollah, as forças israelenses anunciaram que haviam interceptado “um alvo aéreo suspeito” vindo do Líbano, embora ainda não esteja claro a quem ele pertencia ou qual era sua natureza.

De 8 de outubro até o início da trégua, em 24 de novembro, Hezbollah e Israel estiveram envolvidos em um intenso fogo cruzado nas áreas de fronteira entre esse país e o Líbano, onde também houve algumas operações de facções palestinas e outras milícias islâmicas.

Entretanto, nos últimos sete dias, a fronteira foi palco apenas de incidentes isolados.

*EFE