EUA podem restabelecer sanções contra Venezuela; entenda.

EUA exigem mais avanços na libertação de presos políticos.

Porta-voz do Conselho de Segurança Nacional da Casa Branca, John Kirby Foto: EFE/EPA/MICHAEL REYNOLDS

Os Estados Unidos advertiram nesta sexta-feira (1º) que estão dispostos a suspender “nos próximos dias” a flexibilização de algumas sanções impostas à Venezuela, a menos que haja mais avanços no país na libertação de presos políticos.

O porta-voz do Conselho de Segurança Nacional da Casa Branca, John Kirby, declarou que, embora os EUA saúdem o fato de a Venezuela ter aberto caminho para uma revisão da candidatura da opositora María Corina Machado, proibida até 2030, para as eleições presidenciais de 2024, não veem progresso na libertação de presos políticos.

– Estamos profundamente preocupados com a falta de progresso na libertação de prisioneiros políticos venezuelanos injustamente detidos e de cidadãos dos EUA. Continuaremos ativamente engajados nos esforços diplomáticos a esse respeito e estamos preparados para tomar medidas nos próximos dias para suspender algumas sanções, a menos que haja mais avançou – afirmou.

As declarações de Kirby foram dadas um dia depois de a Noruega, mediadora entre o governo de Nicolás Maduro e a oposição, anunciar que os dois lados haviam concordado com um mecanismo para reconsiderar as desqualificações de candidatos, incluindo a candidata presidencial opositora María Corina Machado.

Quinta-feira era o prazo que os EUA haviam dado à Venezuela para fornecer uma série de garantias para as eleições de 2024.

O governo do presidente Joe Biden prometeu que, se Maduro não tomar uma série de medidas, restabelecerá as sanções que suspendeu temporariamente após os acordos de Barbados, nos quais o chavismo e a oposição assinaram garantias para essas eleições, incluindo observação eleitoral externa.

Kirby também fez uma declaração sobre o referendo que a Venezuela realizará no domingo (3) sobre a disputa sobre o território de Essequibo que o país tem com a vizinha Guiana.

– Temos sido claros em nosso apoio a uma resolução pacífica. A sentença arbitral de 1899 que determina a fronteira entre a Guiana e a Venezuela deve ser respeitada, a menos que as partes cheguem a um novo acordo ou que a Corte Internacional de Justiça decida o contrário – disse.

A Venezuela reivindica a região de Essequibo, cerca de 70% do território da Guiana, incluindo as reservas de petróleo offshore, argumentando que a sentença arbitral de 1899 é nula e “fraudulenta”.

*EFE

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