AL: Colapso de mina pode abrir cratera do tamanho do Maracanã.

O desastre ambiental causado pela Braskem afetou mais de 55 mil pessoas.

Prefeito de Maceió sobrevoa Mutange Foto: Itawi Albuquerque/Secom Maceió

A mina 18, uma das 35 minas que a mineradora Braskem tem em Maceió, Alagoas, pode desabar a qualquer momento, podendo afundar juntamente com as minas 19 e 7 que ficam na mesma região do bairro Mutange.

Quando isso acontecer, o desabamento poderá abrir uma cratera do tamanho do Maracanã. As informações são do G1.

De acordo com a Defesa Civil da capital alagoana, a mina está cedendo a uma velocidade de 62 centímetros por dia. Entre os dias 28 e 30 de novembro, o solo da mina 18 já cedeu quase dois metros.

Diante do risco iminente de um grande colapso, toda a região foi evacuada para evitar perdas humanas. Os poderes Executivo, Municipal, Estadual e Federal têm acompanhado de perto as análises e a possibilidade de que o desabamento aconteça a qualquer momento.

O ministro dos Transportes, Renan Filho, informou, nesta sexta-feira (1º), que a movimentação de terra tem sido registrada desde o dia 6 de novembro, mas se intensificou nos últimos dias.

– Os equipamentos perceberam o movimento desde o dia 6, agora do mês de novembro. Só que são vários indicadores que demonstram o movimento da terra. Então eles perceberam, mas houve uma estabilização. E a partir do dia 27 agora ele começou a se intensificar, inclusive a velocidade da movimentação da terra, que é um outro indicador. Houve mais de mil microtremores, o que chamou a atenção de todos – disse o político alagoano.

E continuou:

– É possível que haja um rompimento, que pode gerar outros danos, porque haverá uma dissipação de energia na região. Como tem outras cavernas e a área já é de instabilidade, isso pode gerar outros rompimentos, mas o fato é que a área está isolada.

Desde 2018 os tremores de terra são registrados em cinco bairros onde acontecem a retirada de sal-gema. Por causa deste desastre ambiental, cinco bairros da capital alagoana foram esvaziados, afetando a vida de mais de 55 mil famílias. Muitas delas ainda não foram indenizadas pela empresa holandesa.

Por: Leiliane Lopes

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