Marina Silva diz que “caixa-preta” é pejorativo aos negros.
A ministra corrigiu o senador Plínio Valério, presidente da CPI das ONGs.
Circula pelas redes sociais o trecho da participação da ministra Marina Silva, do Meio Ambiente, durante a sessão da CPI das ONGs, nesta segunda-feira (27). O presidente da frente de trabalhos, Plínio Valério (PSDB-AM), fez um comentário de que a CPI conseguiu abrir a “caixa-preta” das ONGs e a ministra o corrigiu.
– Caixa-preta não, senador. Isso é uma forma pejorativa de se dirigir às pessoas pretas. Preta sou eu que estou aqui do seu lado – disse Marina, seguindo um vocabulário “politicamente correto” que tenta modificar o significado das palavras.
O senador rapidamente trocou a palavra “caixa-preta” por caixa de pandora e deu risada.
– Então, o que eu sou agora? Agora não tem mais caixa-preta, agora é caixa de pandora – afirmou Plínio.
Marina foi convocada para a CPI para prestar esclarecimentos sobre o Fundo Amazônia, entidade que recebe recursos privados para ações que supostamente melhoram a vida da população que mora na região.
Ao defender a entidade que já recebeu R$ 2,5 bilhões, a ministra do Meio Ambiente disse que os projetos que recebem recursos financeiros são auditados pelo TCU que asseguram a legitimidade e repercussão do trabalho das entidades na região.
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