Equipes de resgate conseguiram retirar, nesta terça-feira (28), os 41 trabalhadores presos há 17 dias em um túnel em construção no norte da Índia, o que provocou cenas de comemoração entre familiares e autoridades.

– Sinto-me completamente aliviado e feliz porque os 41 trabalhadores presos no túnel Silkyara foram resgatados com sucesso – disse o ministro de Transportes indiano, Nitin Gadkari, nas redes sociais.

Um porta-voz da Autoridade Nacional de Gestão de Desastres (NDMA), o tenente-general Syed Ata Hasnain, declarou mais cedo nesta terça, em entrevista coletiva, que levaria de três a cinco minutos para cada trabalhador sair.

Os trabalhadores foram recebidos um a um por equipes de resgate triunfantes e membros da família, conforme a emissora NDTV mostrou ao vivo, enquanto na saída do túnel alguns dos presentes passavam caixas de “laddu”, doces em formato esférico servidos em ocasiões festivas.

– Esse foi um esforço bem coordenado de várias agências, marcando uma das maiores operações de resgate dos últimos anos. Vários departamentos e agências se complementaram, apesar de enfrentarem inúmeros desafios – acrescentou Gadkari.

Os trabalhadores estavam presos desde a madrugada de 12 de novembro, quando um trecho de um túnel em construção desabou, deixando-os separados da entrada por uma camada de entulhos de quase 60 metros de espessura.

Desde então, se passaram mais de duas semanas de perfuração, realizada principalmente por uma perfuratriz de túneis que, porém, quebrou na última sexta (24). Com isso, apesar dos riscos envolvidos, a última parte da escavação para resgatá-los teve de ser realizada por três equipes de mineradores especializados em abrir caminho por túneis estreitos.

As equipes de resgate finalmente conseguiram concluir a instalação de um tubo de cerca de um metro de diâmetro e cerca de 60 metros de comprimento nesta terça. Cerca de 41 ambulâncias esperavam do lado de fora do túnel para transportar os trabalhadores a um hospital improvisado no local do acidente, antes de levá-los ao hospital distrital com a ajuda de helicópteros militares.

*EFE