Greve afeta funcionamento de trens e metrôs em São Paulo.

Manifestantes são contrários à privatização de serviços como a Sabesp, e linhas do Metrô e da CPTM.

Greve afeta funcionamento do Metrô em São Paulo Foto: Agência Brasil/Rovena Rosa

A greve conjunta de funcionários da Companhia do Metropolitano de São Paulo (Metrô) e da Companhia Paulista dos Trens Metropolitanos (CPTM) está prejudicando o funcionamento das linhas 1-Azul, 2-Verde, 3-Vermelha e 15-Prata do Metrô, e as linhas 7-Rubi, 10-Turquesa e 11-Coral, da CPTM.

As linhas 12-Safira e 13-Jade, anteriormente previstas na paralisação, entraram em operação integral pela manhã, embora com intervalos maiores. A Linha 11-Coral, por sua vez, funciona apenas entre Luz e Guaianases com intervalos maiores.

Por causa da paralisação, a Prefeitura de São Paulo suspendeu o rodízio nesta terça e vai disponibilizar mais ônibus na capital enquanto as mobilizações estiverem em curso. No entanto, as restrições de Zona de Máxima Restrição à Circulação de Caminhões (ZMRC) e a Zona de Máxima Restrição ao Fretamento (ZMRF) permanecem.

A frota de ônibus está reforçada com mais 200 veículos que ajudarão no transporte da população. Os itinerários de algumas linhas que costumam ter estações de metrô e trem como pontos finais também serão ampliados com o objetivo de levar os passageiros para regiões centrais e mais próximas de locais onde há maior concentração de comércio e serviços.

O governo de São Paulo determinou ponto facultativo em todos os serviços públicos estaduais da capital paulista. A Prefeitura de São Paulo fez o mesmo. Cirurgias, exames e consultas médicas poderão ser remarcadas. Já escolas e creches, serviços de saúde, assistência social e segurança não serão interrompidos.

A greve de metroviários e ferroviários inclui também funcionários da Companhia de Saneamento Básico do Estado de São Paulo (Sabesp), professores da rede estadual de ensino e profissionais de outros serviços, como Fundação Casa.

Os manifestantes convocaram o movimento como forma de protesto às medidas adotadas pelo governo estadual de privatizar serviços como a Sabesp, e linhas do Metrô e da CPTM. As categorias também defendem que esse processo precisa ser feito por meio de um plebiscito e pedem para que o governo recontrate funcionários do Metrô demitidos por causa de paralisações anteriores.

Em comunicado divulgado na noite desta segunda (27), o governo do Estado chamou a paralisação de “uma greve abusiva e política dos sindicatos de trabalhadores do Metrô, da CPTM e da Sabesp”. O movimento, segundo o governo, deve deixar mais de 4,6 milhões de passageiros sem acesso ao transporte sobre trilhos e provocar perdas de mais de R$ 60 milhões ao comércio.

– Ao ignorarem a lei que rege o direito à greve, os sindicalistas tornam toda uma população refém de interesses políticos e corporativos. Em menos de dois meses, tal prática inescrupulosa já prejudicou milhões de pessoas tanto na greve do dia 3 de outubro como no feriado do dia 12 do último mês. E o mesmo acontecerá de novo nesta terça – diz um trecho do comunicado.

Também nesta segunda, a Justiça determinou que os metroviários e ferroviários trabalhem, respectivamente, com 80% e 85% do efetivo nos horários de pico, e com 60% nos demais períodos. Os funcionários da Sabesp também estão sendo ordenados, judicialmente, a não paralisar 100% das atividades e manter a operação de serviços essenciais durante toda esta terça.

*AE

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