Lula escolheu Flávio Dino para o STF e Gonet para a PGR, diz jornal.

Expectativa é que o petista oficialize as indicações nesta segunda-feira.

Flávio Dino e Lula Foto: Tom Costa/MJSP

O presidente Lula (PT) já teria definido os nomes que serão indicados às cadeiras vagas no Supremo Tribunal Federal (STF) e no comando da Procuradoria-Geral da República (PGR). Segundo reportagem do jornal Folha de São Paulo, o substituto de Rosa Weber no STF será o ministro da Justiça, Flávio Dino (PSB), enquanto que sucessor de Augusto Aras na PGR será Paulo Gonet.

De acordo com o veículo, as escolhas foram confirmadas pelo petista a aliados neste domingo (26) e serão anunciadas nesta segunda-feira (27) antes do embarque do chefe do Executivo para a Arábia Saudita. Dino já era considerado o principal cotado para o STF desde outubro.

Antes de iniciar a carreira na política, o atual ministro da Justiça já foi juiz federal. Além disso, Dino também foi secretário‐geral do Conselho Nacional de Justiça (CNJ), presidente da Associação dos Juízes Federais e assessor da presidência do Supremo Tribunal Federal.

Gonet, por sua vez, não era um nome dado como tão certo assim para a PGR. Apoiado pelos ministros Gilmar Mendes e Alexandre de Moraes, do STF, ele constava como um dos favoritos desde o início da disputa pela Procuradoria-Geral da República, mas o subprocurador Antonio Bigonha, que tinha apoio massivo no PT, era apontado como o principal cotado para o cargo.

Ministra Cármen Lúcia e o vice-procurador-geral Eleitoral, Paulo Gonet Foto: Alejandro Zambrana/Secom/TSE

Com 62 anos de idade, Gonet ingressou no Ministério Público Federal (MPF) em 1987. Nos anos 1990, ele criou com Gilmar Mendes o Instituto Brasileiro de Direito Público (IDP). O procurador também foi sócio do escritório de advocacia Sergio Bermudes. Ele atualmente ocupa o cargo de vice-procurador-geral eleitoral.

As sabatinas e votações de Dino para o STF e de Gonet para a PGR devem movimentar a pauta do Senado nas próximas quatro semanas, antes do recesso parlamentar. Integrantes do governo dizem, inclusive, que há um acordo com a cúpula da Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) e da própria Casa para que as votações dos indicados ocorram até o fim do ano.

Por: Paulo Moura

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