Nikolas cobra mobilização da esquerda após morte de Cleriston.
Deputado disse que preso “foi morto pela negligência jurídica do ministro Alexandre de Moraes”.
Em um discurso realizado na noite desta terça-feira (21) na Câmara, o deputado federal Nikolas Ferreira (PL-MG) fez duras críticas ao ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), e cobrou uma mobilização da esquerda diante da morte de Cleriston Pereira da Cunha, que estava preso na Papuda e morreu na última segunda-feira (20) após ter um mal súbito.
O parlamentar começou seu discurso dizendo que Cleriston não deveria ter sido preso e que “foi morto pela negligência jurídica do ministro Alexandre de Moraes”.– Eu volto agora do velório de um homem que foi preso e não devia ter sido preso, de um homem que está morto, e não deveria estar morto. O nome dele é Cleriston, 46 anos, duas filhas, casado. Vou falar em alto e bom som: ele foi morto pela negligência jurídica do ministro Alexandre de Moraes – declarou.
Confiram o vídeo completo:
Nikolas também questionou a ausência de uma manifestação da esquerda e da mídia diante do ocorrido.
– Muitos da esquerda, muitos da mídia e muitos deputados que estão aqui, que defendem a democracia, a liberdade, o amor para com o próximo, os direitos humanos, na verdade não veem essa pessoa como um ser humano – disse.
O deputado pediu ainda que sejam tomadas providências diante da morte de Cleriston e lembrou do parecer favorável da Procuradoria-Geral da República (PGR) pela liberdade do homem.
– Que tanto o presidente desta Casa quanto o senador Rodrigo Pacheco, que é do meu estado, e os demais juízes do STF tomem uma posição a respeito do ministro Alexandre de Moraes! Toda medida que esse homem toma tem gerado inconsistência, tem gerado desequilíbrio em nosso país. O ministro simplesmente não fez justiça, e justiça fora de tempo é injustiça – disse.
Nikolas encerrou sua fala dizendo não se importar com “as consequências de defender a verdade”.
– Mesmo que isso [defender a verdade] implique prisão, mesmo que isso implique até mesmo a morte. Eu não desejo nada disso, mesmo porque incorrer em martírio seria antinatural, mas eu sei que todo aquele que tem um grande propósito faz grandes sacrifícios. Então, fica aqui tudo que eu tenho, que é o meu coração e a minha verdade – concluiu.
Por: Paulo Moura
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