Milei é o 1º anarcocapitalista eleito a presidente no mundo.

Esse modelo defende o Estado mínimo e o respeito máximo às liberdades individuais.

Javier Milei Foto: EFE/ Enrique Garcia Medina

Javier Milei, presidente eleito da Argentina com quase 56% dos votos válidos no último domingo (19), se tornou o primeiro presidente anarcocapitalista libertário eleito no mundo.

Economista, ele terá a difícil missão de tirar uma das maiores economias da América Latina de uma de suas piores crises. As ideias defendidas por Milei são radicais: cortar gastos e impostos, privatizar empresas estatais, eliminar 10 dos 18 ministérios federais, mudar as escolas públicas para um sistema de vouchers, tornar o sistema público de saúde baseado em seguros, fechar o banco central e substituir o peso argentino pelo dólar americano.

– As mudanças que nosso país precisa são drásticas. Não há lugar para gradualismo – declarou Milei, em seu discurso de vitória.

Nesta segunda-feira (20), o mercado se mostrou animado com a mudança política do país sul-americano e as ações e títulos argentinos subiram nos mercados de ações dos Estados Unidos. As informações são do New York Times.

O QUE É O ANARCOCAPITALISMO?
Anarcocapitalismo e libertarianismo são conceitos frequentemente associados, mas não são idênticos. O anarcocapitalismo é uma forma extrema de libertarianismo, onde a crença na ausência total de governo é mais radical.

Um anarcocapitalista libertário, então, seria alguém que abraça os princípios do libertarianismo, defendendo uma sociedade na qual as liberdades individuais são maximizadas, a intervenção do governo é minimizada e os direitos de propriedade privada são protegidos.

Esse pensamento se baseia na ideia de que as interações humanas, inclusive a proteção de direitos e a segurança, podem ser melhor gerenciadas pelo mercado e por instituições privadas voluntárias em vez de uma estrutura governamental.

O modelo econômico defendido por Milei nunca foi adotado no mundo e enfrenta muitas críticas, entre elas as preocupações com a desigualdade social, a falta de regulamentação para proteger os vulneráveis e questões de como serviços de saúde, educação e segurança, por exemplo, seriam acessíveis sem intervenção governamental.

Por: Leiliane Lopes

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