Hamas diz estar “perto de um acordo de trégua” com Israel.
Declaração é do chefe da ala política do grupo terrorista.
Ismail Haniyeh, chefe da ala política do grupo terrorista Hamas, informou, nesta terça-feira (21), que está perto de ser selado um acordo de trégua com Israel, após um mês e meio de guerra que já deixou mais de 14.500 mortos, a maioria na Faixa de Gaza.
– O movimento deu sua resposta aos irmãos do Catar e aos mediadores, e estamos perto de chegar a um acordo de trégua – antecipou Haniyeh, exilado há muito tempo no Catar, em breve declaração publicada no Telegram.
Israel declarou guerra contra o Hamas em 7 de outubro, após um ataque do grupo islâmico que incluiu disparos de foguetes e a infiltração de cerca de 3 mil milicianos que massacraram cerca de 1.200 pessoas e sequestraram mais de 240 em povoados israelenses próximos à Faixa de Gaza.
Desde então, as forças aéreas, navais e terrestres israelenses contra-atacaram o enclave palestino, onde mais de 13.300 pessoas foram mortas, além de mais de 6.500 desaparecidos que podem estar sob os escombros.
Além disso, dezenas de milhares ficaram feridos e mais de 1,7 milhão de pessoas deslocadas – mais de dois terços da população total – estão vivendo em meio a uma crise humanitária devido à escassez de água, alimentos, eletricidade, medicamentos e combustível.
Diante desse cenário, a pressão internacional por um cessar-fogo vem crescendo. Na última semana, o Conselho de Segurança da ONU aprovou uma resolução para estabelecer cessar-fogo e corredores humanitários na Faixa de Gaza, após quatro tentativas fracassadas desde o início do conflito.
Na noite desta segunda-feira (20), em um quartel militar em Tel Aviv, o primeiro-ministro israelense, Benjamin Netanyahu, e seu gabinete de guerra se reuniram com as famílias dos reféns.
O premiê disse que os dois objetivos das forças israelenses na Faixa de Gaza eram a destruição do Hamas e o resgate dos reféns, e que ambas as missões eram de igual importância.
Isso despertou a fúria de muitos parentes, que acreditam que a prioridade deve ser o resgate dos reféns, mesmo que isso signifique negociar com o Hamas.
*EFE
Por: Thamirys Andrade
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