O Exército de Israel garantiu neste domingo que o Hamas manteve no hospital Al Shifa, na Cidade de Gaza, alguns dos mais de 240 reféns capturados pelo grupo islâmico durante o ataque de 7 de outubro ao território israelense.

– Novas descobertas reveladas pelas Forças de Defesa e pela Agência de Segurança de Israel provam que o hospital Al Shifa foi usado como uma infraestrutura terrorista para a qual os terroristas do Hamas levaram reféns – afirmou o Exército em um comunicado.

O relatório inclui imagens supostamente registradas em 7 de outubro no interior do hospital que mostram milicianos do Hamas levando como reféns dois dos civis capturados, um nepalês e um tailandês. Um deles caminha e outro está na maca, sangrando e com as mãos amarradas.

O Exército também divulgou imagens de veículos perto do hospital, que afirma pertencerem às suas tropas e que foram roubados por milicianos do Hamas.

– Estas descobertas provam que a organização terrorista Hamas utilizou o complexo hospitalar de Al Shifa no dia do massacre como infraestrutura terrorista – reiterou.

Israel justificou seu cerco e ataques a vários hospitais e até a ambulâncias na Faixa de Gaza argumentando que o Hamas utiliza estas infraestruturas para fins militares.

As tropas israelenses presumem que o Hamas construiu infraestruturas subterrâneas na área do hospital Al Shifa, o centro médico mais importante do enclave palestino, para instalar a sua sede.

Neste mesmo domingo, o Exército israelense afirmou ter encontrado um “túnel fortificado” de 55 metros de comprimento e 10 metros de profundidade sob o hospital Al Shifa.

Além disso, divulgou fotografias aéreas do hospital Al Shifa mostrando a “infraestrutura terrorista encontrada do Hamas”, incluindo explosivos nas salas de fisioterapia, uma sala de interrogatório na área de cardiologia e armas e material inteligência no centro de ressonância magnética.

O Hospital Al Shifa está sitiado pelas forças israelenses há vários dias e, na semana passada, tropas terrestres invadiram as instalações.

No sábado, esse centro médico foi evacuado depois de ter sido completamente cercado e depois de ficar vários dias sem eletricidade, água potável e medicamentos.

Entre os evacuados estavam milhares de deslocados e 31 bebês prematuros, que conseguiram chegar neste domingo a um hospital no sul da Faixa, de onde serão transferidos para o Egito na segunda-feira para receberem cuidados adequados.

A estimativa é que cerca de 300 pessoas permaneçam no hospital Al Shifa, incluindo pacientes em estado crítico e pessoal médico.

*EFE