Chuvas deixaram mortos neste final de semana em Santa Catarina e no Rio Grande do Sul

Região Sul tem enfrentado extremos climáticos, como chuvas e ciclones, nos últimos meses.

Chuva causou alagamentos em Santa Catarina Foto: Roberto Zacarias/Secom Governo SC

Ao menos três pessoas morreram no Rio Grande do Sul e outras três em Santa Catarina, em razão dos impactos provocados pelas fortes chuvas. Ambos os governos trabalham para contabilizar os danos provocados, assim como prestar auxílios aos moradores afetados pelo temporal.

Nos últimos meses, a Região Sul tem enfrentado extremos climáticos, como chuvas e ciclones. A intensidade dos fenômenos está ligada ao El Niño, que tem causado transtornos em todo o país, como a seca histórica no Amazonas, as queimadas no Pantanal e a onda de calor recorde no Centro-Sul do Brasil.

No Rio Grande do Sul, duas mulheres morreram em Gramado, após serem soterradas na residência onde moravam. Também foi localizado o corpo de um homem que estava desaparecido desde que seu carro foi levado pela correnteza na ERS-437, entre Antônio Prado e Vila Flores, na Serra do Rio Grande do Sul. Conforme balanço da noite de sábado (18), eram 45 municípios com registros de eventos adversos.

Em Santa Catarina, o número de mortos também é de três pessoas. Duas mulheres morreram no município de Taió, na última quinta (16), e um homem em Palmitos também foi localizado sem vida na noite da última sexta (17). No estado catarinense, desde 14 de novembro, mais de 60 municípios registraram ocorrências relacionadas com fortes chuvas.

RIO GRANDE DO SUL
As fortes chuvas entre sexta e a madrugada de sábado (18), fizeram com que o Rio Taquari, no município de Lajeado, ultrapassasse a cota de inundação. O nível da água subiu 44 centímetros em apenas uma hora, chegando a 23,92m.

Ainda de acordo com o balanço estadual, mais de 31 mil pessoas foram afetadas, com 399 desabrigados e 1.665 desalojados. Entre os municípios afetados, estão Alegrete, Giruá, São Borja e Vila Nova do Sul, que receberam nas últimas 24 horas itens de ajuda humanitária.

– A sala de situação do Estado e o centro de operações da Defesa Civil continuam monitorando a evolução hidrometeorológica, especialmente as respostas das bacias com alerta: Taquari, Caí e Jacuí, e toda a extensão do Rio Uruguai – disse a defesa civil do estado gaúcho.

SANTA CATARINA
Conforme a Defesa Civil de Santa Catarina, a região Oeste continua sendo a mais impactada.

– Mal nos recuperamos da chuva de outubro e infelizmente já fomos atingidos por mais fortes chuvas (…). Estamos em trabalho com todos os órgãos que possam auxiliar a população, reforçando o efetivo nas regiões que foram decretadas situação de emergência, para assim auxiliar ao máximo todos os atingidos – disse o governador Jorginho Mello (PL).

Em decorrência das fortes chuvas, 64 municípios estão em situação de emergência, sendo oito em estado de calamidade pública: Rio do Sul, Rio do Oeste, Vidal Ramos, Pouso Redondo, Trombudo Central, Agrolândia, Botuverá e São João Batista.

Os municípios catarinenses que registraram maiores volumes acumulados de chuva nas últimas 72 horas foram: Agrolândia (339 5 mm), Aurora (333.1 mm), Trombudo Central (320.7 mm) e Ituporanga (316.0 mm). Nestas cidades, no período, choveu mais do que o dobro esperado pela climatologia em novembro.

*AE

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